Dezenas de usuárias da Maternidade Bárbara Heliodora, localizada no Centro de Rio Branco (AC), denunciaram, na tarde desta terça-feira, dia 31 de março, superlotação e demora nos atendimentos de gestantes que estariam em trabalho de parto, porém sem assistência necessária.
Ao chegar ao local, a reportagem do ac24horas encontrou muitas mulheres que aguardavam chamada da equipe médica para avaliação clínica. Em alguns casos, segundo denunciantes, a demora ultrapassava as vinte horas de espera, o que poderia agravar o estado clínico das gestantes.
“Pelo amor de Deus, alguém faça alguma coisa! Minha filha tá se acabando aqui. Tem quatro dias que ela vai e volta pra cá, o médico manda aplicar dipirona e manda ela voltar. Ontem decidiram internar ela e estamos aqui aguardando sem saber o que fazer. Além da febre ela também tá sangrando desde ontem. Meus Deus! Alguém faz alguma coisa! (sic)”, clamava a mãe, enquanto amparava a grávida.
Com a presença da equipe do ac24horas, não demora e a gestante é atendida pelo único plantonista. A jovem, que estava com sete centímetros de dilatação, foi enfim internada, após 20 horas de espera na observação, para dar início ao parto. Do lado de fora, o marido chorava emocionado, temendo perder a filha e a esposa.
“Eu passeia a noite toda com ela aqui sentada nessas cadeiras. Se alguma coisa acontecer com ela ou com a minha filha num sei o que será da minha vida. É um absurdo o que acontece aqui (sic)”, afirmou emocionado, Francisco Gomes da Costa.
O marido da grávida Uieylá, de 22 anos, relatou a reportagem que a mulher chegou à unidade por volta das 7h, mas, até às 15 horas desta terça-feira, 31, somente o atendimento de triagem havia sido realizado. Passadas nove horas de espera, Uieylá foi atendida pelo médico e permaneceu em observação, ainda quando a equipe de reportagem estava no local.
GERÊNCIA DÁ ORIENTAÇÃO SOBRE INTERNAÇÃO DE GESTANTES
Em conversa com a equipe de reportagem, o gerente de Assistência à Saúde, Edvaldo Amorim, alegou que grande parte das gestantes que aguardam por atendimento se antecipam ao procurar a Maternidade. Ele destaca que a falta de orientação é o fator principal para a grande demanda. Além disso, muitas mulheres não grávidas acabam se dirigindo até a unidade em busca de serviços não prioritários.
“Muitas delas não conhecem os procedimentos de pré-parto, como por exemplo, dois fatores primordiais devem ser levados em conta na busca por atendimento: as contrações devem respeitar um intervalo de cinco minutos. A partir disso, a internação deve ocorrer quando há uma dilatação do colo do útero a partir de quatro centímetros. Por isso, muitas delas acabam superlotando a maternidade e retornando tantas vezes”, explicou o médico Edvaldo Amorim.
Procurada, a Gerência da Maternidade Bárbara Heliodora preferiu não gravar entrevista. Mesmo assim, através de Nota Oficial, a unidade esclareceu os problemas e retrucou as afirmações dos usuários. Veja, abaixo, os argumentos da administração.
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