Nunca vi tanto medo entre jornalistas, políticos e agentes sociais. A situação política, econômica e social que o Brasil atravessa está afetando todo mundo. Cada dia está mais difícil saber o que é verdade ou manipulação das informações. Existe muita coisa oculta. O mar de corrupção dos últimos anos da República Brasileira emergiram e estão escancaradas para todo mundo ver. Uma gafe dada pela mais importante agencia de notícias do mundo, a Reuters, expôs essa “verdade relativa” das informações nas redes sociais. O jornalista ao escrever uma entrevista com ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) indaga ao editor se deve ou não citar o fato dos indícios de corrupção virem desde 1997, quando FHC ainda era presidente. Acontece que a indicação no texto, para deixar ou não citação, foi para ar no site da agencia. Alguns outros meios de comunicação clientes da Reuters também publicaram. A gafe mostra o medo de se informar que o problema de corrupção no Brasil já vem de longe e atravessou todos os mais Governos do PT e do PSDB incólumes. Uma tristeza.
Fato inegável
O PT, infelizmente, se deixou seduzir pelo poder e acabou no olho do furacão do mar de lama que o povo brasileiro assiste. Mas é inegável que foram justamente os governos petistas que deram liberdade de investigação da corrupção à Polícia Federal.
Guerra de informações
O Acre não ficou de fora dessa verdadeira batalha entre a verdade e a mentira. Um site afirma que o ex-deputado federal Márcio Bittar (PSDB) capitaneou uma campanha de doações aos desabrigados acreanos em Goiás.
Guerra de informações 2
Um outro jornal do Estado garante que foi uma campanha espontânea do Corpo de Bombeiros goiano que viabilizou as doações. Nessa versão Bittar teria pego uma carona. Qual a verdade? Fica difícil para a população separar o joio do trigo com informações impressas tão contraditórias.
Atenção com a informação
Fiz um questionamento sobre o fato da prefeitura de Rio Branco ter criado um decreto para contenção de despesas. O prefeito Marcus Alexandre (PT) me ligou para esclarecer o questionamento.
Palavra do prefeito
“Existem ações internas que para serem legitimizadas precisam de decretos. O corte de despesas nas secretarias necessita de uma justificativa. Uma medida administrativa baseada em um decreto. Não pode ser feito de maneira informal. Mesmo porque tudo na gestão pública precisa de transparência. Afinal, lidamos com dinheiro público e temos que prestar contas aos Tribunais de Contas,” explicou Marcus Alexandre.
Assim é melhor
Acho louvável esse tipo de atitude do prefeito Marcus Alexandre. Ao invés de uma informação virar fofoca ou especulação ele mesmo ligou e explicou tecnicamente. Assunto resolvido e ponto final.
Peregrinando por recursos
Aliás, o prefeito me ligou de Brasília. Está percorrendo os ministérios atrás de recursos para a reconstrução de Rio Branco. Segundo ele, os prejuízos na área urbana de equipamentos da prefeitura foram de R$ 9 milhões. Na parte rural, pior ainda, R$ 16 milhões. Marcus está acompanhado do coordenador da bancada federal acreana, deputado federal Raimundo Angelim (PT).
Sem ilusões
Marcus Alexandre não quis adiantar quanto vai conseguir para não criar falsas expectativas. Mesmo porque o momento econômico do Brasil está complicado. Melhor trabalhar com a realidade dos fatos do que com a ilusão.
A hora de ir à luta
O prefeito de Brasiléia, Everaldo Gomes (PMDB), também não ficou só chorando com os prejuízos da cheia no município. Andou por Brasília esses dias, acompanhado do deputado federal Flaviano Melo (PMDB), em busca de recursos.
Cenário pós-guerra
As fotos da destruição de Brasiléia causada pela enchente do Rio Acre impressionam. Everaldo, se conseguir os recursos, vai ter a oportunidade de começar tudo de novo. Se for feliz na empreitada chega em 2016 como forte candidato à reeleição.
Perguntar não ofende
Um leitor da coluna fez a seguinte indagação: quanto as empresas que fornecem “quentinhas” para o Estado doaram para os desabrigados das cheias do Acre? Questionamento pertinente já que essas empresas faturam alto no Acre.
Garantia de salários
O deputado federal Flaviano Melo esteve mais uma vez visitando o ministro da Pesca, Helder Barbalho, para conseguir a extensão do seguro defeso, de um salário mínimo, aos pescadores do Acre. O benefício terminou no dia 15 de março, Flaviano quer a extensão por conta da enchente no Estado. Barbalho dará uma resposta nos próximos dias.
Falta de foco
Alguns deputados estaduais continuam a perder o precioso tempo da tribuna da ALEAC para debater a questão da maioridade penal. Além de Raimundinho da Saúde (PTN), o líder do governo, Daniel Zen (PT) também deu “pitacos” sobre o tema, que só poderá ser resolvido pelo Congresso Nacional.
Questão de leitura
Daniel Zen questionou a deputada estadual Eliane Sinhasique (PMDB) sobre a credibilidade da sua fonte no Jordão para dizer se o cimento usada na reforma da pista de avião é ou não usável. “Teria que ser um engenheiro ou um arquiteto deputada para poder passar à senhora essa informação com certeza técnica,” disse ele.
Questão de leitura 2
Imediatamente os assessores de Sinhasique entregaram à imprensa fotos dos sacos de cimento que estão sendo usados na obra. A data de fabricação é de fevereiro de 2014. Se os técnicos aconselham o uso do cimento até três meses após a fabricação o produto já está vencido há 10 meses. Realmente não acredito que engenheiros e arquitetos utilizem cimento vencido há tanto tempo para realizarem as suas obras.
O ar da graça
O deputado estadual Nelson Sales (PV) andava sumido dos debates. Acho que esse impasse entre ser da oposição ou da base governista, conforme decisão do PV, esteja atrapalhando o seu desempenho parlamentar. Potencial não falta para que Sales brilhe na tribuna da ALEAC.
O ar da graça 2
Nelson Sales ocupou a tribuna, nesta quarta, 25, e denunciou o abandono de Porto Acre. Um pronunciamento mais de oposicionista. Afinal criticou severamente a saúde e a segurança pública do município. Áreas mais relacionadas ao Governo do Estado do que com a prefeitura.
Protegendo a miração
O deputado federal Raimundo Angelim (PT) está empenhado na defesa dos cultos que utilizam religiosamente a ayahuasca junto ao IPHAN. O Acre é a origem desses cultos espiritualistas desde os tempos das etnias indígenas que já faziam uso da ayahuasca por aqui. No século XX surgiram religiões baseadas nessas tradições que misturam conhecimentos primitivos com o cristianismo. A demanda é o reconhecimento do valor cultural imaterial dos cultos ayahuasqueiros. O ex-ministro da cultura Gilberto Gil já tinha levantado essa questão que, agora, precisa de regularização.