Economia não é bicho de sete cabeças.
Um de seus fundamentos principais é de fácil entendimento: quando se ganha nos períodos de prosperidade e crescimento se acumula gordura pra queimar nos tempos das vacas magras.
É velha estratégia do nosso apreciado peixe Tambaqui: se alimentar bem na fartura do inverno para superar as agonias e a escassez do verão.
Pois bem. E o que isso tem a ver com o Acre?
Tem tudo a ver.
Desde os tempos generosos de FHC que os cofres do Acre foram entupidos de dinheiro, seja dos crescentes repasses constitucionais do FPE, convênios celebrados aos montes e do fenomenal endividamento junto ao BIRB, Caixa, BNDES.
Tanto dinheiro que parte dele saiu para ladrão.
O governo local pode reclamar de tudo, exceto que os vários “invernos” financeiros não lhe tenham sido fartos e generosos.
Todavia, a maior parte dessa bonança foi mal aplicada ou aplicada em setores cujo retorno não paga sequer o custo de sua manutenção.
A fonte secou e a raquítica economia acreana não tem gordura para queimar.
Estamos apenas no couro e no osso.
Os estados que crescerão vão sofrer com a crise.
Quem não cresceu, vai chorar e agonizar muito mais.
Infelizmente, companheiros e companheiras, este é o caso do nosso querido Acre.
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