Segundo informações de testemunhas, os alunos da escola Dom Henrique Ruth, localizada no bairro João Alves, voltavam para casa após a aula quando um veículo desgovernado desceu uma ladeira em alta velocidade, atropelando vitimas. O condutor não parou para prestar socorro e se evadiu do local. Logo em seguida ele foi preso em sua residência e se recusou a fazer o teste de bafômetro.
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Mesmo assim, a decisão do magistrado atesta que o jovem não foi levado em tempo de causar a manutenção da prisão e, segundo ele, a apreensão do rapaz só teria acontecido mais de 24 horas após o acidente, o que não caracterizaria motivos legais para deixar Renan preso.
“Ainda, ante a representação por prisão preventiva apresentada pela Autoridade Policial, entendo não ser cabível, pois, pelos elementos obtidos no caderno ora analisado, verifica-se a não caracterização de dolo eventual, uma vez que não se pode afirmar que o flagranteado tenha assumido o risco de ocasionar a morte das vítimas”, argumentou o juiz que determinou a soltura do acusado.
Na manhã desta quarta-feira, 18, diversos familiares das vítimas procuraram a delegacia geral para registrar queixa. O estudante Leonardo Olanda, de 17 anos, foi uma das pessoas atingidas pelo veículo. “Nós vínhamos descendo a ladeira, e um carro desceu, e logo depois voltou com toda velocidade e bateu em nós. Foi um susto muito grande”, contou o jovem.
O advogado do suspeito, Aroldo Cordeiro, em entrevista ao site Juruá Online, disse que as famílias das vítimas estão sendo assistidas e que o jovem não permaneceu no local do acidente em razão de ameaças de populares. Ele conta que o acidente aconteceu após o jovem bater em uma motocicleta que trafegava na mesma direção, e perder dessa forma o controle do veículo.
“Ele se evadiu do local por ouvir de alguns populares pronunciamentos como: vamos linchar, vamos queimar o carro. E temendo pela sua vida ele foi para um local seguro e ligou para alguns médicos e pediu a ajuda”, alegou a defesa do suspeito.