O secretário estadual de saúde, Armando Melo, a secretaria adjunta de Atenção à Saúde, Paula Mariano e a gerente da Vigilância Epidemiológica do Estado, Eliane Costa, abriram a coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira, 17, na sede do órgão para realizar um pronunciamento acerca da morte do militar e atleta, Euriberto Pereira Gomes, de 20 anos, que veio a óbito no domingo, 17, após receber alta médica – com suspeita de leptospirose – da Unidade de Pronto Atendimento do Segundo Distrito (UPA).
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Armando Melo abriu coletiva lamentando a morte do jovem e, em seguida, informou que o Estado ainda não tem um diagnostico definitivo sobre a causa morte do jovem.
“Os exames preliminares acusaram resultado negativo para dengue e inconclusivo para leptospirose. Para agilizar esse processo, estamos caminhando amostras, se possível, ainda hoje para a Fiocruz, que nós dará um diagnóstico mais preciso”.
Questionado sobre o fator ‘indeterminado’ para o resultado do exame de leptospirose realizado em Rio Branco, a secretaria adjunta de Atenção à Saúde, Paula Mariano, explicou que mediante resultados inconclusivos cabe a imediata adoção de protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
“O primeiro exame realizado para a suspeita de diagnóstico de leptospirose do paciente Euriberto Pereira Gomes Neto foi realizado no Acre, pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Acre (Lacen/AC), na técnica conhecida como “ELISA”. O resultado foi inconclusivo para leptospirose. Para sanar a suspeita de contaminação por leptospirose, a amostra de material biológico do paciente está sendo enviada ao laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. O envio desse material respeita os protocolos do Ministério da Saúde (MS) que estabelecem condutas para casos que apresentam resultados indeterminados ou inconclusivos”.
Armando Melo ressaltou que já foi determinado a abertura do processo investigatório administrativo para apurar se houve negligência médica no atendimento oferecido ao jovem.
“Não podemos afastar a possibilidade de negligência, mas precisamos investigar as circunstâncias que se deu todo o processo de atenção ao paciente. Será realizado uma investigação, que contará com relatório individual de todos os profissionais que tiveram contato com o paciente, após concluída todas as etapas e que poderemos adotar as medidas administrativas e punitivas junto aos conselhos de classe”.
Ao encerrar, Armando Melo pediu à população que fique atenta aos sintomas da leptospirose, em especial aqueles que tiveram contato com enchente. Segundo ele, o atendimento médico imediato permite uma tratamento eficaz e evita um diagnóstico tardio da doença.
A gerente da Vigilância Epidemiológica do Estado, Eliane Costa, ressaltou que não há indícios de infestação da leptospirose no Estado pós-cheia do rio Acre. A gestora informou que no ano passado, foram realizadas 552 notificações da doença no Estado, desse total 202 foram confirmados e sete mortes em decorrência da doença. Os dados são referentes aos meses de janeiro e fevereiro.
Em janeiro e fevereiro deste ano, foram realizados 472 notificações, desse total 54 foram confirmados. Os dados referente a primeira quinzena de março ainda não foram divulgados, uma vez que os dados ainda estão sendo organizados e processados.