É perda de tempo os deputados ficarem trocando farpas sobre a culpabilidade ou não do senador Gladson Cameli (PP) e do governador Tião Viana (PT) no escândalo do Lava-Jato, porque não vão acrescentar nada aos dois casos, ambos em investigação. É um “debate pequeno”, como bem pontuou ontem o deputado Eber Machado (PSDC). De fato há coisas mais importantes a debater. Mesmo porque os casos não serão julgados na Aleac.
Debate federal
O deputado Raimundinho (PTN) levou ontem ao debate na Aleac, a questão dos formandos de medicina da Bolívia, que estão fazendo internato no Acre ao arrepio da lei. O deputado está no seu papel. Só que nem a Aleac e nem o governador Tião Viana podem fazer nada para mudar a realidade, a situação jurídica é regulada por uma legislação federal, daí o CRM ser contra.
Nem há como
Nem há como o governo fazer convênios com Faculdades de Medicina da Bolívia para garantir legalmente a prática do internato, estaria assim colidindo com a legislação federal que proíbe.
O que estabelece?
O que a legislação federal estabelece hoje é que: formados em Medicina, na Bolívia, têm que se submeter à prova do Revalida, passar, para então terem os seus diplomas validados no Brasil
O máximo a ser feito
E não mudando a legislação, o máximo que os deputados estaduais podem fazer é serem solidários aos estudantes brasileiros formados na Bolívia. E nada mais além.
Reflexo da pressão, mudou o tom
A presidente Dilma mudou completamente de comportamento, após a gigantesca manifestação nacional perdeu a empáfia, pregou humildade e reconheceu os erros.
Caindo na real
E veio num tom de quem caiu na real, fugindo do discurso de alguns ministros aloprados, de que, quem esteve na manifestação era oposição. Agora é esperar ações concretas do governo.
Reforma política
Engavetada pelo PT, não há como segurar no Senado e Câmara Federal a Reforma Política, porque virou um clamor popular, até dos que defendem o mandato da presidente Dilma.
Única e exclusivamente
Se a Reforma Política ainda não aconteceu é porque foi brecada pelo PT, agora tem de sair.
Economia de guerra
A tônica na última reunião do secretariado do governador Tião Viana foi a adoção de uma economia de guerra, para enfrentar a crise econômica nacional, com sérios reflexos no Acre.
Nem pensar
Aumento salarial, o retorno dos que tiveram os contratos temporários findos, e volta de ex- ocupantes de cargos em comissão ainda na espera, são pontos que não serão nem discutidos.
Preservar os salários
Não adianta o governo abrir um pacote de bondade para ser agradável e depois não ter a condição de pagar os salários dos servidores em dias, como aconteceu em governos passados.
Parece que gosta de ficar apanhando
A ex-deputada federal Antonia Lúcia (PSC), depois de sua derrota, deveria se preservar e ficar longe do bate-boca com adversários nas redes sociais. É ruim à sua imagem e não ganha nada.
Não se inventa candidatos
Candidato proporcional você pode inventar, mas candidatura majoritária não se cria da noite para o dia, é ingênuo a oposição ficar pinçando nomes fora do contexto para disputar a PMRB.
Não pode acontecer
Empresários dos transportes coletivos recebem subsídio da PMRB para manter o preço das passagens e minimizar custos, por isso, demissão em massa de cobradores não justifica.
Ficar atento
O prefeito Marcus Alexandre tem de ficar atento, se isso ocorrer, é prejuízo político certo.
Chegou tarde
O deputado Gonzaguinha (PSDB) criticou ontem o governo pelos problemas na BR-364. Tivesse lido os jornais saberia que, por ação do Tião Viana, o DNIT já destinou 46 milhões reais para a recuperação.
Não se atola mais
O deputado Jesus Sérgio (PDT) fez o contraponto, lembrando que chegou a ficar dias com o carro em atoleiros saindo de Tarauacá para Rio Branco, e hoje se roda de inverno a verão.
Discurso surrado
Com o seu linguajar simples o deputado Jesus Sérgio (PDT) matou o discurso surrado, já que as empresas que trabalharão nos trechos críticos começaram a instalar os canteiros de obras.
Não pisa no português
Pela primeira vez ouvi o Jesus Sérgio usar a tribuna. É desenvolto e não atropela o português.
Ilação espírita
O deputado Ghelen Diniz (PP) fez ontem uma ilação, sem nenhum documento que sustentasse a sua tese, de que os 300 mil reais declarados por Tião Viana fazem parte de outra remessa.
“Eu também recebi doação”
O deputado Eber Machado (PSDC) fez uma defesa dura do governador Tião Viana, o considerando um político limpo. “Também recebi doação e declarei, a lei permite”, completou.
Mudou o tom
O que deu para notar nas notas acima, que ao contrário do que vinha ocorrendo, a base do governo passou a atuar em bloco contrapondo aos ataques da oposição, algo novo na Aleac.
Pontuou bem
A deputada Leila Galvão (PT) pontuou bem ao falar ontem na Aleac sobre as manifestações a favor e contra a presidente Dilma, considerando ambas legítimas e fruto da democracia.
Não é ilegítimo
O PSDB expulsar a vereadora Matilde (Feijó), o prefeito de Santa Rosa, Rivelino, e os vereadores da Capital Rabelo Goes e Alonso Andrade por infidelidade é um ato legítimo.
Argumento forte
É o argumento é forte: não terem apoiado ao candidato ao governo Márcio Bittar.
Casa da mãe joana
O PCdoB enferrujou. O prefeito de Capixaba, o Vareda (PCdoB), não apoiou candidatos proporcionais do partido e nem o vice-prefeito de Rodrigues Alves, e nada aconteceu.
Não se briga com a notícia
O deputado Jenilson Lopes (PCdoB), que também é médico pediu para a imprensa não noticiar quando um médico sem CRM for preso. É como pedir a um médicoa não atender um doente.
Previsto em lei
Até porque, deputado Jenilson, atuar sem CRM é crime previsto no Código Penal. E é princípio básico no jornalismo que não se briga com a notícia.