Inegável que vivemos uma profunda crise de representatividade política. Inegável que diante do governo do PT coisas assombrosas aconteceram e acontecem. Inegável que a presidenta é tida como incorrigível, dona e construtora de todas as verdades que acredita e que quer passar com seu pouco carisma. Inegável as trapalhadas e vacilações econômicas que agora precisam ser reavaliadas e destruídas.
Mas tenhamos cuidado! Democracia não é uma música que sai de moda com o próximo verão, tampouco um produto com validade vencida. Democracia é um exercício, uma construção diária, um enfretamento aos dilemas sociais sério que escapa a mera noção do voto.
Esses protestos que se espalham pelos novos canais de informação devem ser lidos como movimentos que conseguem expressar a insatisfação de muitos brasileiros. Diante de tantos ventos midiáticos, é preciso filtrar, analisar e mensurar o que é quatro e o que é quadro. Faz bem pôr em relevo a velha metáfora do contém e do está contido. Há muitos interesses neles, muitos que os utilizam sob o manto do exercício democrático o negam em atitudes fascistas corrompidas e miúdas.
Dilma foi eleita em plena e comum vontade de muitos. Para uma boa parte das novas gerações que não brincou de Atari isso parece pouco ou quase nada. Mas para quem soube o que foi a crise democrática, instalada tempos atrás com a emergência dos militares ao poder, aquilo vale muito: conquista que, por mais que a prática imunda de bandidos que se instalaram na política tentem dizer o contrário, é vetor indispensável para consolidar nossa própria sociedade.
Sou a favor do fora Dilma, fora corrupção, fora maus políticos, fora pensão para ex-governadores, fora compra de votos para reeleição, fora pagamentos mensais para afinidade ideológica e fora tudo o que faz de nossa nação uma crista de vergonha e zombaria mundo além.
Mas tudo isso pelas ruas e avenidas da justiça, da Lei e principalmente das urnas. Não existe geração espontânea. Estão lá porque os colocamos. Tiremos então. A sociedade que muda os políticos, não o contrário. A América Latina sempre foi um efervescente laboratório de experiências políticas traumáticas e de nada original. É por isso que acredito cruamente que nossa maior revolução é buscar consolidar nossas instituições, fortalecê-las e acreditá-las.
Toda forma de expressão é legitima e deve se manifestar. Porém se a insatisfação pontual e localizada for a justa causa para romper com o processo democrático, estaremos em perigo e poderemos dar vez e voz a quem usa nossas roupas para nos deixar nus.
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