Sebastião & Cameli, a dupla desafinada do Petrolão

A dupla que não é sertaneja, Sebastião Viana (PT) & Gladson Cameli (PP), está entre os políticos suspeitos de participação no esquema de corrupção da Petrobras revelado pela Operação Lava Jato. A surpresa ficou por conta do aparecimento do nome de Cameli, um político que surfava na onda de popularidade conquistada nas eleições do ano passado. O mais jovem senador do Brasil resistiu aos ataques de seus adversários no horário eleitoral. Será que ele vai suportar o tsunami que promete varrer suas pretensões em chegar ao comando do governo do Acre na disputa eleitoral de 2018?

Já o governador Sebastião Viana, que durante suas entrevistas, sempre acusa seus adversários de participar de esquemas de corrupção, principalmente quando se fala em compra de votos, terá a grande oportunidade de provar que não recebeu dinheiro das empresas envolvidas no Petrolão. Viana desafiou a Polícia Federal e as desembargadoras que aturam na Operação G7 da Polícia Federal – que levou para cadeia, secretários de sua administração, empreiteiros e servidores públicos acusados de corrupção. Será que desta vez, ele vai patrocinar um evento de desagravo contra o Supremo Tribunal Federal?

Os veículos de comunicação em nível nacional informam que eventuais casos de governadores deverão ter os pedidos de abertura de inquéritos entregues na próxima semana pela Procuradoria Geral da República ao STJ, que tem atribuição de investigar governadores. Eles apontam como certo, o envolvimento de Sebastião Viana, que só deverá responder processo com autorização da Aleac. De qualquer forma, a acusação poderá prejudicar politicamente, o petista que espera eleger seu sucessor. A dupla populista Sebastião & Cameli, poderá desafinar e não influenciar como é esperado, nas eleições 2018.

A coisa tá feia, a coisa tá preta para Viana e Cameli. Acredito que nem o papai vai conseguir pagar para limpar a barra de Gladson Cameli com seus eleitores. Sebastião Viana também terá que se esforçar muito para incorporar o slogan de sua nova administração, fazendo “um novo Acre”, com um governo muito mais parceiro, além de se transformar num empreendedor para reconquistar a confiança do eleitorado. Vamos esperar que os eleitores não levem ao pé da letra, que “o povo tem memória curta”, e não votem pensando apenas no dinheiro do candidato rico e nas falsas promessas do petista “honesto”.

Tomou gosto pela política
A médica Jéssica Sales (PMDB), relutou para aceitar entrar na disputa por uma cadeira na Câmara dos Deputados nas eleições 2014, mas parece que tomou gosto pela política. Após cumprir uma semana de trabalhos em Brasília, a jovem deputada federal retornou ao Acre, para uma extensa agenda de compromissos nos municípios do Vale do Juruá. Ela vai dialogar com lideranças políticas, populares e com os prefeitos. O objetivo de Jéssica Sales é fazer um mandato participativo, ouvindo as demandas das comunidades para decidir a destinação de suas emendas parlamentares.

Expulsões do ninho tucano no Acre
O futuro presidente do PSDB, deputado federal Major Rocha (PSDB) não descarta que poderá expulsar infiéis do ninho tucano no Acre. Em entrevistas anteriores, Rocha afirmou que os prefeitos e vereadores que apoiaram candidatos de outros partidos, nas eleições do ano passado, não contariam com a legenda nas próximas disputas eleitorais. O líder tucano ainda não se recuperou do que ele considera como traição do prefeitos Rivelino Mota (Santa Rosa), James Gomes (Quinari) e André Hassem (Epitaciolândia), que apoiaram candidaturas de postulantes de outras legendas à Câmara dos Deputados.

Cadê a doação que estava aqui?
O descaminho de doações para desabrigados da cheia do rio Acre, em administrações de partidos de oposição, sempre fez parte do repertório de discursos dos políticos que integram as administrações petistas, mas de acordo com denúncias de pessoas que estão trabalhando nos abrigos montados na capital, o fato voltou a se repetir na cheia 2015. Estas pessoas informam que até verduras estariam sendo desviadas para um restaurante da cidade. Olho vivo, as autoridades não podem permitir que a situação volte a se repetir. Ou vão usar o argumento que no governo A roubaram mais os desabrigados do que no governo B?

A missionária retornou
A ex-deputada federal Antônia Lúcia (PSC) voltou ao batente nas empresas de sua família e na Comunidade Terapêutica Lucimar Ramos. Apesar de não pilotar mais um mandato, ela não se afastou das questões sociais. A missionária colocou seus funcionários à disposição dos desabrigados pela cheia do rio Acre. Ela também ampliou os investimentos nas suas emissoras de rádio, espalhadas na maioria dos 22 municípios do Acre. Pelo visto, ela não perdeu o gosto pela política, se não voltar ao cenário político na disputa eleitoral de 2018, poderá ao menos ser promovida de missionária para bispa.

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