João Renato Jácome*
A presidente Dilma Rousseff vem ao Acre, pela segunda vez, a quatro dias de completar um ano de sua única visita ao estado acriano, após eleita para o cargo político mais importante do país.
Por aqui, a chefe de Estado deve realizar sobrevoo sobre as áreas alagadas por nosso cansado e poluído Rio Acre. Vai assinar Decretos importantes para nosso povo e, ainda, comunicar à população quanto deverá ser investido no estado, após a enchente deste ano.
Dilma terá a oportunidade de ensinar aos acrianos o papel de um governante comprometido não apenas com os grandes centros, mas também com os estados menores e geralmente mais esquecidos, como é o caso do Acre. No estado que já foi país, Dilma vai lidar com a repressão e rejeição dos acrianos.
Ao que tudo indica, a presidente visitará apenas Rio Branco, capital do estado. O correto mesmo seria visitar a região de fronteira e ver de perto a situação de Brasiléia, a cidade que, a meu ver, mais precisará do apoio do governo federal. Venhamos e convenhamos: nossa capital não sofreu tanto quanto Brasiléia.
Na cidade de fronteira, Dilma iria ouvir os reclames de empresários e moradores. Poderia conversar com os prefeitos. Além disso, conseguiria discutir ações que podem apoiar aqueles municípios e dar, aos brasileienses, uma nova chance de vida, de trabalho, e de prosperidade.
Dilma poderia, de pronto, renovar a esperança de um povo frustrado e preocupado com o amanhã. Esse é o papel de uma líder!
Isso, ela deve fazer isso muito bem!
Agora, se a nossa presidente tem a caneta para assinar o cheque, chave e senha para abrir o cofre, e somente ela dá a última palavra, resolvi preparar uma pequena lista de prioridades de ação. Vamos lá?!
1- Realizar a entrega imediata de todas as casas financiadas com os recursos do Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, já construídas na capital Rio Branco e cidades do interior;
2- Através do Ministério do Meio Ambiente –e órgãos subordinados-, determinar a imediata iniciação aos trabalhos de recuperação da mata ciliar destruída às margens dos nossos rios e igarapés;
3-Designar funcionários e ensinar aos nossos líderes políticos como devem ser aplicados os recursos públicos destinados à execução de ações de socorro, assistência a vítimas e restabelecimento de serviços essenciais nos municípios afetados por enchentes;
4-Estipular prazo para que todas as famílias da capital acreana e municípios do interior do estado, que vivem em áreas de risco, sejam removidas, no intuito de que em nenhum outro ano seja necessário declarar estado de Emergência Social ou Calamidade Pública;
5-Verificar, in loco, se todas as obras financiadas pela União, em locais atingidos por enchentes, nos anos anteriores, foram bem executadas e se a população está satisfeita;
Por agora, é isso!
*João Renato Jácome é acadêmico de Jornalismo, membro do Coletivo Jovem de Meio Ambiente, membro do Programa Internacional de Voluntariado das Nações Unidas e participa de redes pela Educação, Democracia, Esporte, Meio Ambiente e Direitos Humanos.