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Paciente paga pela segunda vez medicamentos para se tratar no Hospital do Câncer do Acre

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Da redação ac24horas

Familiares de Francisca das Chagas Ferreira, de 72 anos, que faz tratamento de um câncer no canal da vesícula, no Hospital do Câncer do Acre (UNACON), denunciaram na manhã desta quarta-feira (25), que “foram obrigados” a comprar pela segunda vez consecutiva, dois medicamentos usados para realizar o tratamento da paciente na rede pública de saúde do Estado.


A denúncia é de Kátia Ferreira, filha da paciente. Ela apresentou o recibo no valor de R$ 540 que consta os medicamentos Gencitabina de 1 grama e de 200 miligramas. Os remédios foram adquiridos no dia 20 de fevereiro, data agendada para Francisca das Chagas realizar a terceira sessão do tratamento. No dia 15 de janeiro, a paciente também pagou pelos remédios que deveriam ser disponibilizados pela unidade de saúde mantida pelo governo do Acre.


Kátia Ferreira diz que resolveu falar, depois que a direção do Unacon estabeleceu um prazo até depois do carnaval para regularizar a falta de medicamentos no hospital. “Somos de Sena Madureira, temos que pagar pela estadia em Rio Branco, para piorar a situação, minha mãe que ganha pouco mais de um salário por mês, já teve que desembolsar R$ 1.080 – em pouco mais de um mês”.


Segundo Kátia Ferreira, a situação se torna mais revoltante, quando uma pequena empresa tem os remédios para vender aos pacientes, enquanto o Estado alega questões burocráticas para não ter os produtos em estoque. “A direção do hospital pediu um prazo até o final do carnaval, não cumpriu, tivemos que comprar os medicamentos de uma empresa que funciona em uma sala”.


De acordo com a denunciante, mais pacientes estariam pagando pelos remédios para não interromper o ciclo de tratamento. “As pessoas não têm condições, mas fazem sacrifícios para não voltar à estaca zero do tratamento. Este tratamento é um ciclo que não pode ser interrompido, quem não quer se prejudicar tem que pagar para manter as esperanças de cura”, destaca Kátia Ferreira.


Procurada pelo ac24horas, a Sesacre lamentou o ocorrido e garantiu que todas as providências já foram tomadas e que até a semana que vem o medicamento estará disponível para a paciente.  O órgão destacou que uma compra emergencial foi feita pelo secretário Armando Melo com o intuito de sanar a falta de medicamentos definitivamente no Hospital do Câncer.


 


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