Durante visita ao município de Brasiléia, um dos mais castigados com a cheia do rio Acre, o governador Sebastião Viana revelou que encaminhou um documento para a Presidência da República pedindo que sejam tomadas ações imediatas quanto à conscientização dos haitianos sobre os perigos de vir ao Brasil entrando pelo Acre neste momento, período em que mais de 90% da cidade encontra-se atingida pelas águas.
“Nós reivindicamos ao governo federal que pelo menos avise ao governo do Haiti a restrição da saída de pessoas de Porto Príncipe [capital haitiana]. E se saírem, que saiam com visto para entrar em qualquer estado brasileiro, mas não venham para o Acre, escolham outra rota, porque nós não temos condições de fazer acolhimento dessas pessoas que estão passando por privações”, disse Sebastião em entrevista a estatal Agência de Noticias do Acre.
Do fim de 2010 até os dias atuais, mais de 32 mil haitianos já entraram no Brasil pelo Acre, a partir fronteira do Peru com a cidade Assis Brasil, indo em seguida para Brasileia. Hoje, Brasileia enfrenta a maior cheia de sua história, com o Rio Acre na marca de 15,42 metros, sendo a cota de transbordamento de 11,40 metros. A situação é ainda mais complicada, pois a única ponte que liga as cidades de Brasileia à Epitaciolândia está coberta por meio metro de água.
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