Na mitologia grega existe o registro de um pássaro chamado “fênix” cuja principal característica é a capacidade de ressurreição. De acordo com o que preconizam os textos, a fênix entrava em processo de combustão ao morrer, transformando quase que imediatamente o próprio corpo em cinzas. Mas depois de algum tempo as tais cinzas davam à vida um novo pássaro.
A historinha pode servir de elemento simbólico para as cinzas nas quais invariavelmente terminam todos os carnavais. Depois da folia sobrevém uma quarta-feira de pura ressaca para os foliões, esgotados pelas energias deixadas ao longo das passarelas e avenidas de animados sambas. Daí, então, pelo resto do ano, torna-se urgente a necessidade de renascer.
Diante do exposto, tomo a liberdade de fazer uma analogia com o futebol acreano, de certa forma quase reduzido a “cinzas” depois dos primeiros confrontos interestaduais de 2015. Como todos sabemos, até aqui tem sido só choro e intensa combustão: a Assermurb caiu para o Genus, o Rio Branco apanhou do Remo e o Atlético perdeu para o Real Noroeste.
A Assermurb, nossa representante na Copa do Brasil Feminino, depois de empatar em Porto Velho, acabou caindo em casa. Não jogou nada na volta. Precisava apenas empatar em zero a zero e fez da retranca uma tática de sobrevivência. Só não morreu de vez porque a vitória do Genus foi parar no tribunal. Ainda não virou cinzas, mas quase chegou lá.
Quanto ao Rio Branco, a necessidade de reverter um resultado de dois a zero torna o seu compromisso deste domingo, na Arena da Floresta, uma tarefa cheia de dificuldades. Para completar, o Estrelão acreano ainda perdeu alguns dos seus atletas titulares, por conta de inoportunas contusões. Só mesmo muita reza de padre velho para não virar cinzas na Copa Verde.
Mais ou menos a mesma situação do Atlético, que ao não fazer um bom resultado jogando nos seus domínios (talvez seja melhor dizer “terreiro”, uma vez que o clube é representado por um “galo”), vai ter que correr atrás do prejuízo em terras capixabas. Como diria o poeta, outro time local que para se transformar em cinzas neste início de ano basta um sopro.
Se o velhinho aqui que vos escreve entende que vai ser preciso os nossos times chegar ao estágio das cinzas? Eu lhes digo que não. Porém digo que acredito mais na base da fé do que da lógica. A fé é cega, tenta manipular o imponderável. Já a lógica trabalha com a razão, analisando tudo de olhos bem abertos. A minha fé no que virá não quer saber de razão!
De qualquer forma, se a minha fé (a minha e a dos torcedores do Rio Branco e do Atlético) não for capaz de remover as montanhas que se erguem bem ali no horizonte dos próximos combates, que pelo menos se cumpra o preceito mitológico que faz a fênix renascer das próprias cinzas depois de cada morte. Vida longa (ou múltiplas) ao Galo e ao Estrelão!
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