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Estudantes fecham Avenida para denunciar cancelamento de matrículas na Uninorte

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Acadêmicos de diversos cursos da União Educacional do Norte (Uninorte) denunciaram que tiveram as matrículas canceladas e estariam impedidos de participar das aulas. Na noite desta terça-feira, 10, os alunos da faculdade interditaram, num primeiro momento, a rua em frente ao Campus, e logo depois, bloquearam o trânsito da Avenida Ceará, bem na rotatória que dá acesso ao prédio da instituição.


Durante a manifestação houve muito bate boca com motoristas que queriam furar o bloqueio. Além disso, ao chegar ao local e tentar entrevistar os condutores que criticavam o movimento, o repórter da TV Gazeta, afiliada Rede Record, foi vaiado pelos estudantes. Ele teria chamado os acadêmicos de “baderneiros”. Em resposta à Joatan de Souza, os alunos da Uninorte gritaram as frases “imprensa chapa branca” e “roubaram meu Fies”.

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Os estudantes afirmam que de acordo com a direção da faculdade, não foi realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o pagamento de 100% das mensalidades previstas para o semestre letivo. A situação poderá causar problemas no desenrolar da graduação


As mudanças realizadas nos procedimentos do Fies pegaram os estudantes de surpresa. As novas regras fazem parte de portarias publicadas pelo Ministério da Educação no fim do ano passado. Elas proíbem que os estudantes utilizem ao mesmo tempo, por exemplo, a bolsa do ProUni e o financiamento do Fies em diferentes instituições particulares de ensino superior.


No Acre, os alunos da Uninorte contam que “as cláusulas contratuais são muito claras. Quando se firma o contrato, lá diz que a renovação será feita de seis em seis meses e que apenas o financiado, ou seja, o aluno que financia a faculdade, pode solicitar as mudanças. Nosso Fies tá contratado até o fim do nosso curso. 100% uma vez, será sempre 100%, não tem essa de mudar” acredita.


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“O aditamento, sim, é necessário, mas na forma do primeiro contrato que, inclusive, um funcionário da Uninorte faz todos os procedimentos”, completa Juliano Magnabosco, acadêmico de Odontologia.


Procurada, a Uninorte encaminhou nota de esclarecimento ao ac24horas, e informou que “não tem qualquer responsabilidade pela liberação dos créditos”, ao destacar que “todos os alunos matriculados na UNINORTE, em qualquer de seus cursos, devem estar cientes de suas obrigações financeiras para com a instituição” e que repudia boatos criados para tratar sobre o assunto.


As denúncias enviadas ao ac24horas também foram remetidas ao Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC).  O órgão deve instaurar um procedimento preparatório para apurar a questão, já nos próximos dias.


O portal também entrou em contato com o FNDE e Ministério da Educação (MEC). Segundo ambas instituições, localizadas em Brasília (DF), toda e qualquer prática de cobrança de taxas referentes aos financiamentos são indevidas e deve ser formalizada denúncia contra a mantenedora, ou seja, a faculdade particular.


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Ainda segundo o FNDE, todas as taxas são pagas pelo órgão, junto aos bancos, quando os alunos possuem concessão de bolsa para 100% do curso, nos demais, taxas devem ser cobradas de acordo com o que estipulam os contratos. Além disso, o órgão ratificou que apenas os juros, cobrados a cada três meses, no valor de R$ 50,00, somando R$ 200,00, por ano, devem ser pagos pelos acadêmicos de nível superior.


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