Delegacia confirma estupro, mas perícia descarta abuso

As informações de que uma criança de apenas 10 meses de idade teria sido estuprada, na madrugada de ontem, 5, no município de Senador Guiomard (AC), cidade distante 23 quilômetros de Rio Branco (AC), até foi dada pela delegacia da cidade como certa, mas um laudo médico extraoficial apontou, no início da noite desta quinta-feira, que não houve estupro e que a criança teria apenas sofrido com problemas respiratórios, causa que a levou a um desmaio.

Dados repassados ao ac24horas, pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP), apontam que não houve consumação de abuso sexual contra a menor foi e, segundo a assessoria do órgão, um laudo do Instituto Médico Legal (IML) deve ser divulgado na manhã desta sexta-feira, 6, apontando oficialmente o que houve de fato com a criança.

A reportagem do site procurou o Hospital da Criança, localizado no Centro da capital,  em busca de boletins médicos sobre o estado de saúde da criança. No centro, nenhum servidor está autorizado a falar sobre o assunto. O que foi informado é que a criança entubada está num dos leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado grave.

Logo pela manhã, por volta da 11h, quando a informação sobre o suposto crime chegou à Redaçao do ac24horas, prontamente o portal procurou ouvir fontes oficiais para se inteirar do caso. Assim o sendo, o delegado Ricardo Castelo Rodrigues Casas, titular da cidade, informou ao portal que um estupro havia sido realizado durante a madrugada anterior e que, na delegacia, quatro homens estariam presos, suspeitos de terem praticado o estupro. 

Para afirmar o fato, Casas utilizou como base um relatório médico, produzido pelo plantonista do Hospital Doutor Ary Rodrigues, localizado naquela cidade, que fez o atendimento da criança, quando a avó e mãe, desesperadas, chegaram em busca de socorro, acreditando que a criança estaria morta.

Ao ac24horas, Casas afirmou o seguinte: “o médico identificou, infelizmente, que a menina tinha sido abusada e penetrada na vagina, e no ânus” e destacou que “tão logo a situação foi confirmada” pelos médicos “nós fomos chamados e também o Conselho Tutelar”, esclareceu.

Ainda no início da noite desta quinta-feira, o delegado voltou a afirmar que o estupro teria acontecido e que aguardava apenas o laudo do IML, para identificar qual dos suspeitos teriam sido, realmente, os responsáveis pelo suposto abuso sexual contra a menor.

Além do estupro, havia a suspeita de que a criança teria sofrido uma “overdose involuntária”, visto que a mãe, segundo informações da polícia, teria, ao lado de outras cinco pessoas, consumido, na noite do crime, bebidas alcoólicas e drogas, o que poderia levar ao quadro clínica da criança. Ambas as informações só serão confirmadas após liberação do laudo pericial do IML.

Vale lembrar que o espaço para a família, que não foi localizada para falar sobre o assunto, continua aberto, no intuito de que todos os esclarecimentos que se fizerem necessários sejam veiculados. O ac24horas mantém o compromisso com a verdade dos fatos e preza, sempre, pela prática da Ética Jornalística.