Temendo uma possível cheia do rio Madeira, os empresários do Acre se preparam desde o mês de novembro na estocagem de alimentos não perecíveis em galpões espalhados por Rio Branco. O objetivo é ter suprimentos suficientes por 90 dias, caso o Estado fique isolado novamente por terra.
A reportagem do ac24horas conversou com o presidente da Associação Comercial de Rio Branco (ACISA), Jurilande Aragão. Segundo o representante, empresários da capital estão preparados para uma futura crise no abastecimento dos estoques empresariais.
Para Jurilande, “os empresários já estão preparados para essa provável cheia. Temos 50% de chance: ou vai subir ou não vai alagar a rodovia. De duas, uma chance apenas. Agora, o que precisamos fazer é esperar o poder da natureza e ver o que vai realmente acontecer. A gente precisa esperar. Estamos na expectativa, e nossa vontade é de que o rio Madeira fique quieto, baixe e não mais alague a nossa BR, único acesso por terra ao restante do nosso Brasil”, comenta.
Sobre os empréstimos que podem somar a quantia de R$ 100 milhões, Jurilande destaca que os bancos ainda não se posicionaram sobre o assunto e que eles podem estar “esperando que aconteça a enchente. Eles podem ter que ver, para crer”, argumenta o dirigente que acredita nos “estoques dos empresários, que já estão sendo preparados para manter as vendas por pelo menos três meses. Os empréstimos devem sair, mas durante a cheia, então, é bom estar sempre preparado”, considera Aragão.
O presidente da ACISA confirmou que esteve na região visitada pelo ac24horas, na última segunda-feira, e que o nível realmente é “preocupante”. Jurilande acredita que a criação de “um desvio naquela região pode ser a solução, caso contrário, todo mês de janeiro será de expectativas, e fevereiro, de alagação da rodovia. Não podemos viver desse jeito”, acredita o empresário.
