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Especulações a respeito da disputa da prefeitura de Rio Branco em 2016

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Obviamente que o atual prefeito Marcus Alexandre (PT) será o candidato da FPA à reeleição. Agora, começarão a surgir nomes da oposição para disputar a prefeitura da Capital. No momento, pelas minhas observações do movimento do tabuleiro político, vejo dois personagens que podem se aventurar na disputa. O deputado federal Márcio Bittar (PSDB) que ficará sem mandato nos próximos dias e, o recém eleito deputado federal Alan Rick (PRB). No caso de Bittar, na minha avaliação, disputar a eleição de 2016 é uma questão de sobrevivência política. Não tem como esperar novamente quatro anos para voltar ao Acre e se lançar a deputado federal ou senador. O pleito municipal será uma oportunidade de Bittar permanecer na mídia e em contato com o eleitorado do Estado. Pelo comportamento recente de alguns aliados tucanos a possiblidade me parece concreta. Bittar perdeu a eleição em Rio Branco para Tião Viana (PT), em 2014, por pouco mais de dois mil votos. Já Alan Rick, apesar de ser da FPA, tem muitos “desafetos” dentro da coligação. Pode se aventurar para manter o seu nome em evidência e aumentar as suas chances a uma eventual reeleição à Câmara Federal.


Outros nomes
A recém eleita deputada estadual Eliane Sinhasique (PMDB) pode ser um nome alternativo à disputa. Mas a ex-vereadora não considera prioritária essa candidatura. Dependendo da sua atuação na ALEAC poderá ter sonhos maiores.

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Outro na fita
Também o deputado federal Major Rocha (PSDB) pode ser lançado candidato em Rio Branco. Mas o presidente dos tucanos acreanos é Bittar. Se o “chefe” resolver se candidatar Rocha deve abrir mão de qualquer pretensão com tranquilidade.


Sempre ele
Bocalom (DEM) passa por um momento pessoal e familiar difícil. Não se sabe nem se voltará a morar definitivamente no Acre. Portanto, é muito cedo e imprevisível avaliar se Bocalom será ou não candidato em 2016.


O “novo” contra o “novo”
A oposição, se conseguir se unir, pode também tirar algum nome da cartola. Quer dizer imitar o jogo da adversária FPA quando lançou Marcus Alexandre. Nesse caso, já existem especulações em torno dos juristas Sanderson Moura e Eduardo Ribeiro (PMDB).


Plantar e colher
Realmente o cargo de prefeito já deixou de ser atrativo há muito tempo. É só observar as recentes safras de gestores municipais do Acre. A maioria saiu das prefeituras com a “ficha suja” e muitos processos a responder pelo resto da vida.


Questão de fiscalização
Conseguir administrar um município e ainda “sair por cima” é uma tarefa hercúlea. As fiscalizações dos Tribunais de Conta e dos Ministérios Públicos tiraram dos prefeitos a possibilidade de fazerem o que bem entenderem. Aqui se faz e aqui se paga. Em alguns casos prefeitura significa “fim de carreira”.


Vantagens
Marcus Alexandre terá neste ano mais de R$ 150 milhões de recursos extra-orçamentários para executar. O Shopping Popular, a Quinta Ponte e a duplicação de sete avenidas da Capital são obras de bom retorno eleitoral.


Desvantagens
No entanto, os possíveis erros cometidos pelos Governos do Estado e Federal, ambos do PT, nos próximos anos, poderão cair no seu colo. Ser do PT ajuda Marcus por um lado, na medida que terá apoio para conseguir mais recursos, mas atrapalha por outro, pelo desgaste natural da legenda há muito tempo no poder.


Quem sabe faz a hora
Marcus não quer nem saber de eleição, no momento. Quem conversa com o prefeito percebe que o seu objetivo é vencer os desafios da “complexa Rio Branco”. Está mais preocupado com resultados práticos da sua gestão do que com eleição.


Hermano Lula
O ex-presidente Lula (PT) deu uma declaração polêmica durante a posse do presidente boliviano Evo Morales. Ele afirmou que os bolivianos nas gestões do PT serão tratados como brasileiros. Mas quem vive próximo a fronteira da Bolívia sabe que a reciproca não é verdadeira.


A ilusória “integración”
Desde que moro no Acre já participei de dezenas de comitivas políticas para a integração do Acre com a Bolívia e o Peru. Tudo é muito bonito na hora da festa, mas os resultados práticos são muito pequenos. Na realidade, continuamos de costas para “los hermanos”.


Apenas turismo
Uma coisa é verdade. A Estrada do Pacífico se tornou uma opção de lazer aos acreanos que querem viajar. Durante a passagem do Ano Novo em Cusco, no Peru, na Plaza de Armas, era muito fácil encontrar acreanos comemorando debaixo do frio. O próprio governador Tião Viana (PT) tirou férias no Peru com a família.


Questão Comercial
No entanto, o sonho de tornar a Estrada do Pacífico uma rota comercial para a economia do Estado ainda está longe. Para isso acontecer o Acre teria que produzir mais e as burocracias entre os países diminuírem muito.


Mercados atrativos
Pela Rodovia do Pacífico se pode acessar um mercado consumidor de mais de 35 milhões de peruanos. Além disso, os portos de Ilo e Matarani, na costa do Pacífico peruano, são estratégicos para fazer negócios com alguns dos maiores mercados consumidores do planeta, China, Japão e Estados Unidos. Mas para essas possibilidades se tornarem rentáveis o Acre precisa encontrar produtos diferenciados para produzir. Não adianta querer concorrer com igualdade de condições com os grandes parques industriais do Brasil. Por mais que o discurso político e econômico tenha mudado, nas mais recentes gestões da FPA, a floresta ainda pode ser a geradora desses “produtos diferenciados”. Afinal, restaram poucos lugares no planeta com esse potencial de biodiversidade que a Amazônia tem. Tudo é questão de pesquisa e paciência para se encontrar o “fio da meada” para tornar essa potencialidade incrível em produção comercial.

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