Por ter tido o seu nome citado pelo delator Paulo Roberto Costa em reportagem do jornal O Estado de São Paulo, de 19 de dezembro de 2014, o governador do Acre, Sebastião Viana (PT), será investigado pela força-tarefa da Procuradoria da República.
O anúncio foi feito nesta terça, 20. Outros políticos que foram citados no esquema de “delação premiada” também serão investigados pelos oito procuradores federais que formam a força tarefa. Entre eles estão o falecido ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) e o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Além dos ex-ministros Antônio Palocci, Edison Lobão, Gleisi Hoffman e Mário Negromonte. A lista tem ainda os nomes de mais 23 parlamentares, deputados federais e senadores, do PT, PMDB, PSDB e PP.
O delator do Petrolão, Paulo Roberto Costa, revelou durante a delação premiada a justiça que o governador Sebastião Viana (PT/AC) teria recebido R$ 300 mil para sua campanha na disputa do governo do Acre em 2010. O delator afirmou que o dinheiro que teria sido destinado para Viana saiu da cota de 1% do PP – Partido Progressista – que tinha o controle político da diretoria Abastecimento da estatal. O nome de Viana aparece numa agenda de anotações de Costa, apreendida em sua casa no Rio de Janeiro. Nela, estão registradas iniciais de nomes de políticos com números relacionados a eles. No caso do governador petista foi registrado “Tvian” ladeado do número “0,3″ – equivalente a R$ 300 mil, segundo o delator.
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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, determinou a criação dessa força-tarefa com oito procuradores do Ministério Púbico Federal para comandar apurações sobre o envolvimento de políticos no esquema de corrupção e desvios em contratos da Petrobras. A portaria assinada por Janot já está em vigor.
O grupo ficará responsável por analisar o material da investigação de inquéritos e denúncias feitos pela Procuradoria-Geral da República ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal , ministro Teori Zavascki. Caberá à força-tarefa sugerir ao procurador-geral providências sobre políticos citados em delações premiadas na operação Lava Jato. Eles aparecem, por exemplo, nos depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que cumpre prisão domiciliar no Rio.
Entre as diligências que podem ser sugeridas para apurar a participação de autoridades com foro nos desvios da Petrobras estão buscas e apreensões, quebras de sigilo e pedidos de depoimentos.
Procurada pela reportagem do ac24horas, a secretaria de comunicação, Andrea Zilio, informou que o governador Sebastião Viana não irá se manifestar publicamente sobre o assunto, mas sim em juízo, destacando ainda que todas as doações para a campanha de 2010 estão inseridas no Portal da Transparência do Tribunal Superior Eleitoral
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