A divisão dos cargos na estrutura do governo do Acre continua gerando polêmica no baixo clero da Frente Popular do Acre (FPA), coligação comandada pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Depois de não aparecerem nas nomeações do primeiro e do segundo escalão, dirigentes de partidos nanicos se revoltaram com a possibilidade de Neto Ribeiro, que abandonou o bloco de apoio de Gladson Cameli (PP), ser cogitado para assessor especial de Sebastião Viana.
Neto Ribeiro declarou apoio ao governador petista na manhã de segunda-feira (19). Ribeiro pediu desfiliação no Partido Progressista (PP), presido pelo senador Gladson Cameli. Ele espera apenas a decisão de Sebastião Viana, para saber qual o cargo que ocupará. De acordo com fontes palacianas, o governador teria cogitado a possibilidade de Neto Ribeiro trabalhar diretamente com ele, no quadro de assessores especiais que cumprem expediente na Casa Rosada.
Mesmo sem ter nada definido, para contemplar Ribeiro, a notícia caiu como uma bomba no meio dos partidos nanicos que ainda esperam pela bênção de Sebastião Viana. Revoltados, eles criticam os dirigentes da coligação pela possibilidade de um dissidente da oposição ocupar um cargo de primeiro escalão. O cargo de assessor especial é um dos mis bem pagos no governo do Acre. Um assessor de Viana recebe mensalmente, um salario de R$ 19 mil.
Se dentro da FPA a chegada de Neto Ribeiro é turbulenta, na oposição, o fato é visto com tranquilidade, principalmente pelo senador Gladson Cameli. Sem polemizar a questão, Cameli encara com naturalidade a saída de Ribeiro. “Faz parte do tabuleiro político. Só fica aqui (na oposição) quem tem a intenção de lutar por um Acre melhor. Tudo que temos para oferecer é uma bandeira de luta para promover as mudanças para tonar nosso estado melhor”, finaliza.
