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Deputados de partidos nanicos fazem pressão por cargos na estrutura da Aleac

Foi aberta oficialmente a temporada de disputa pelos cargos na estrutura da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac). Os deputados estreantes são os mais ávidos para decidir seus espaços e vantagens na composição Mesa Diretora. As reuniões acontecem diariamente. Os parlamentares de partidos nanicos sonham em dá as cartas e atropelar os mais experientes na busca pelo comando da Casa.


O sindicalista Raimundinho da Saúde, do nanico PTN, já chegou a cogitar disputar a presidência da Aleac. Ele e o também estreante Heitor Júnior (PDT) colocaram as manguinhas de fora e se articulam para “melar” as articulações dos seis deputados que conseguiram se reeleger. Em Reunião com os atuais dirigentes da Casa, Heitor disse que estaria preparado para comandar o poder.


Ao exaltar seus diplomas de bacharel em Direito e Administração, Heitor Júnior levou um puxão de orelhas para conhecer primeiro o Regimento Interno e negociar com os demais deputados, antes de apresentar candidatura. A fome de poder dos novatos é assunto recorrente nas rodas de conversas dos mais antigos. “Eles entraram no ônibus agora, mas já querem sentar na janela”, destacam.


Outra estreante que busca um cargo importante é Eliane Sinhasique (PMDB). A oposicionista abriu mão dos cargos na Mesa Diretora, mas quer a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que tem a competência de apreciar todos os projetos que tramitam na Assembleia Legislativa. A CCJ é a comissão mais importante para que o governo aprove seus projetos.


A peemedebista já se reuniu com os atuais dirigentes da Casa, para expor suas pretensões na nova legislatura. O ainda presidente da Aleac, deputado Elson Santiago (PEN) e o primeiro secretario Ney Amorim (PT) estariam tendo muito trabalho para persuadir o ímpeto dos novatos. Até mesmo Manoel Morais (PSB), que busca o cargo de primeiro secretário, estaria na mira dos nanicos.


O também “veterano”, Eber Machado (PSDC), que negocia o cargo de vice-presidente da Aleac, estaria sendo obrigado a contornar as investidas de Raimundinho da Saúde. Com três mandatos de deputada estadual, Maria Antônia (PROS) estaria ameaçada pelo pupilo no senador Gladson Cameli (PP), Nicolau Júnior (PP), que poderá ficar com a segunda secretaria da Mesa.


Os parlamentares de partidos nanicos, estariam de olho nos cargos que o presidente e primeiro secretario têm direito. Na atual legislatura, o presidente tem direito a três DAS 4, no valor de R$ 5,3 mil e três Funções gratificadas para funcionários da Casa. O primeiro secretário, além de ordenar despesas, teria a mesma estrutura de cargos oferecida ao presidente da Casa.


Os cargos de segundo e terceiro secretário dispõem de três DAS 3 – no valor de R$ 4 mil. Os demais postos da Mesa Diretora garantem dois DAS 2 – no valor de R$ 2,6 mil. Os líderes de partido têm direito a dois cargos, que geralmente são destinados ao partido, totalizando um valor de R$ 7 mil. Mas o grande atrativo são as nomeações que podem ser feitas nos diversos setores do Legislativo.


Os membros da Mesa Diretora podem negociar e fazer um espécie de rateio entre eles, na nomeação de pessoas para ocuparem 20% do quadro de servidores da Assembleia Legislativa, sendo que 80% das funções são destinadas aos funcionários do quadro de concursados. A briga promete esquentar nos próximos dias, antes da definição dos nomes dos novos dirigentes da Aleac.


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