Profissionais das aereas irão paralisar serviços uma hora por dia por tempo indeterminado

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), entidade que representa os interesses dos profissionais que desempenham atividades em empresas aéreas, decidiu em assembleia geral realizada ontem, 14, que dará início a uma paralisação nacional de uma hora por dia sem previsão de término.

A paralisação terá início a partir da próxima quinta-feira, 22, das 06h às 07h, todos os dias simultaneamente em todos os aeroportos do país. Em nota publicada no site do sindicato, o SNA informa os motivos pelos quais, comandantes, copilotos e comissários de bordo decidiram fazer paralisação parcial das atividades aéreas.

Em nota, o SNA explicava a sociedade os motivos da paralisação. “A ação deverá ser mantida ou intensificada nos dias subsequentes, por tempo indeterminado — até que haja uma resposta positiva das empresas aéreas na negociação da Convenção Coletiva de Trabalho.

A categoria reivindica melhores condições de trabalho, especialmente escalas que gerenciem a fadiga da tripulação e garantam a segurança de voo de todos. Além disso, os trabalhadores lutam por um reajuste digno, já que há quatro anos não têm ganho salarial real”, ressalta a Diretoria do Sindicato Nacional dos Aeronautas.

Uma das principais reivindicações da categoria é o reajuste salarial de 8,5%, mas as empresas ofereceram somente 6,5% . Segundo a SNA pelo menos 70% da pauta de reivindicação já foi atendida integral ou parcialmente, porém as empresas endurecem quando o assunto é o reajuste solicitado.

A paralisação deverá ocasionar uma série em atrasos nos voos. Embora no Acre, os pousos e decolagens sejam realizados, na sua maioria, pela madrugada e poucos no início da tarde, em virtude das obras na pista, os atrasos nos voos devem trazer transtornos aos usuários do sistema aéreo local, bem como em todo o país.

A categoria elaborou um manual de greve com as normas e prioridades quanto ao movimento grevista desde às regras básicas até aquelas consideradas prioritárias, que não podem, portanto, sofrer prejuízo com a paralisação.