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Aplicativo criado pelo empreendedor brasileiro João Paulo, de 30 anos exibe quem está por perto fumando maconha

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O empreendedor brasileiro João Paulo Costa, de 30 anos, tinha uma dúvida simples: “E se tiver alguém do meu lado fumando um baseado?” Para chegar a uma resposta, o publicitário criou o aplicativo “Who is Happy”, que mostra onde há pessoas fumando na cidade e indica o “nível de felicidade” de cada usuário e de cada país, considerando a frequência das tragadas. Apesar de brasileiro, Costa mira o Estados Unidos, mercado mais maduro em negócios relacionados à maconha a ponto de negócios do ramo atraírem investimentos milionários.


O app funciona como um “Foursquare da maconha”, pois msotra em um mapa os usuários que deram “check-in” quando acenderam um cigarro (está disponível para o iOS, da Apple, e o Android, do Google). Antes de ser reformulado, o Fousquare permitia que as pessoas registrassem sua presença em lugares, como restaurantes ou parques, e vissem os amigos por perto.

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Fumaça verde
Para sinalizar a presença de alguém “feliz”, o “Who is Happy” mostra uma fumaça verde no lugar sinalizado pelo usuário. “É engraçado, você nunca sabe quem é quem, quem tá fumando um”, brinca Costa. Ele não acredita que o app vá ser usado pela polícia como um “mapa X9”. “Eu acredito que a polícia tenha sistemas de informação mais avançados que o ‘Who is Happy’. Acredito que se a polícia precisar consultar o app pra isso, estamos com um problema muito sério de segurança pública”, brinca.


Para preservar a privacidade dos usuários (do app e de maconha), a localização é feita com a precisão de um quilômetro. Os nomes de quem deu check-in assim como a localização precisa não são revelados porque, diz Costa, o intuito não é incentivar o consumo. “Não é o intuito as pessoas compartilharem um baseado, de maneira alguma. Não é o foco.”


Epilepsia
Costa explica que a motivação para a criação do app não foi somente a pergunta hipotética de querer saber se há alguém por perto usando maconha. Ele sofre de epilepsia, diagnosticada aos 18 anos, quando teve uma convulsão. Por isso, tem de tomar dois medicamentos, mas os efeitos medicinais da maconha aliviam os efeitos da doença. “Aí, juntei as duas coisas, tanto a minha questão pessoal com o tema quanto uma questão de negócios.”


Rumo aos EUA
O objetivo é explorar o crescente interesse de investidores norte-americanos por negócios relacionados à maconha. Nesta quinta-feira (8), por exemplo, o co-fundador do Pay Pal, Peter Thiel, e um dos primeiros apoiadores do Facebook, investiu na Privateer, que produz maconha para fins medicinais.


“O mercado dos EUA é bem mais maduro”, diz Costa. “O Brasil é um mercado muito complicado pra gente no momento, até por isso o app é em inglês”, diz, completando que “a gente nem sabe quando vai ser legalizado ou liberado o uso recreativo. Bem tem como fazer esse planejamento porque não tem nenhum dado que me permita fazer essa previsão”. Até o Uruguai, que legalizou o uso da maconha no ano passado, está fora dos planos da empresa.


Segundo Costa, nos EUA, o app poderá ganhar dinheiro indicando aos usuários as lojas legalizadas nos arredores. Uma possível função a ser implantada conforme o uso aumentar pode ser a atribuição de insígnias às pessoas –algo como “o mais feliz das galerias”—e aos países que abrigarem mais check-ins no “Who is Happy”.


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