As notícias de descontentamentos da base aliada de sustentação do novo governo de Dilma Rousseff (PT) estão escancaradas. Na realidade, o novo ministério não agradou ninguém. Não será um ano fácil para a presidente. Mesmo aqui no Acre pelo menos dois senadores “aliados” me confessaram em off estarem insatisfeitos com a maneira que foi conduzida a reforma ministerial. Dilma terá problemas para aprovar medidas necessárias, mas impopulares no Congresso Nacional. Alguns dos principais partidos da base de sustentação se dividiram durante a eleição de 2014. Grande parte do PMDB votou com a oposição. O PP tinha candidatos em vários estados concorrendo com o PT. E o PR e o PDT ninguém nunca sabe para que lado eles vão. Um ministério assim com partidos aliados “rachados” é uma temeridade. Na realidade é o mesmo que habitar uma casa com uma cobra venenosa solta ou dormir com um inimigo. Ninguém sabe o que pode acontecer durante a noite.
A perda ministerial do Acre
O senador Jorge Viana (PT) não será ministro. Além disso, o Acre perde muito com a saída do secretário geral da presidência da República, Gilberto Carvalho. Durante 12 anos os despachos e agendas presidenciais passavam pela mão dele.
Guardião dos petistas acreanos
Gilberto Carvalho era um aliado incondicional dos políticos petistas acreanos. Uma espécie de guardião dos interesses do Estado durantes os dois governos de Lula (PT) e o primeiro da Dilma. Era quem dava o passe preciso na hora de se querer alguma coisa dos presidentes. Amigo pessoal de Jorge e Tião.
Mais descontentamentos à vista
Uma fonte minha ligada à presidência me garantiu que mais uma vez a presidente Dilma ficou chateada com o seu resultado eleitoral no Acre. Perdeu para Marina Silva (Rede) e, Aécio Neves (PSDB), no segundo turno. Segundo a fonte ela fez um comentário tipo: “ali não tem jeito mesmo”.
Contraponto
Por outro lado, a Dilma vai precisar, e muito, dos quatro votos petistas acreanos no Congresso Nacional. Com uma base “infiel” os deputados federais Raimundo Angelim (PT), Léo Brito (PT) e Sibá Machado (PT), aliados com o senador Jorge Viana (PT), podem fazer a diferença. E aí podem puxar o “toma lá, dá cá” a favor do Acre.
Disputa acirrada
Nesta sexta, 2, teve eleição para a mesa diretora da Câmara Municipal de Cruzeiro do Sul. Os vereadores aliados da FPA aumentaram durante as eleições de 2014. E quase levaram a presidência da Casa com Anísio Correa (PSB).
A manobra do Leão do Juruá
A votação entre os aliados do prefeito Vagner Sales (PMDB) e da FPA ficou empatada. Mas a vereadora Rocilda Sales (PMDB) ganhou por ter mais idade que o seu concorrente. O leão tinha três opções à presidência, mas escolheu aquela que lhe garantiria a vitória pelo regimento interno da Câmara.
Disputa entre empresários
O comércio de Cruzeiro do Sul é muito forte. Os empresários praticamente mandam no município. A minha previsão para 2016 na disputa da prefeitura: serão dois empresários, um aliado do Vagner e outro da FPA. Podem escrever.
Sem gás na reta decisiva
Atualmente o nome do ex-deputado federal Ilderlei Cordeiro (PR) é o mais comentado à disputa em Cruzeiro do Sul. Resta saber se o seu aliado forte, senador Gladson Cameli (PP), vai bancar a sua disputa contra o candidato do Vagner. Não creio.
Te cuida Tchê
Confirmado que existe realmente uma articulação no PDT pra tirar o partido da mão do deputado estadual Tchê (PDT). O gaúcho nunca rezou na cartilha do governador Tião Viana. Chegou até a ir para a oposição em 2012. Não é considerado um aliado de confiança. Portanto, a vingança pode vir a cavalo.
O velho Xerife não muda nunca
Acompanhei alguns pronunciamentos do deputado estadual Valter Prado (PROS) no apagar das luzes da ALEAC. Discursos dignos da oposição. Mas na foto da posse de Tião Viana lá estava o Xerife colado ao governador no corredor da Casa.
Bocalom: o retorno
O mais constante candidato majoritário das eleições acreanas anda sumido. Na verdade Bocalom (DEM) vive um drama com a doença da sua esposa. Alguns me disseram que não voltaria mais para o Acre. Mas li uma postagem de Ano Novo do Bocalom nas redes sociais anunciando para breve o seu retorno.
Eita cafezinho bom!
Tião já avisou que vai convidar alguns deputados estaduais de oposição para tomarem um cafezinho no seu gabinete. Durante esses cafezinhos, na gestão passada, mudou pelo menos uns cinco de lado. Isso faz parte da política. Quem pode mais chora menos.
O PT nunca esteve tão forte politicamente no Acre
O resultado eleitoral apertado não reflete o quadro político desenhado para a próxima gestão do PT no Acre. Todos os principais cargos executivos ficaram com o partido. Governador Tião Viana, vice Nazaré Araújo (PT), prefeito da Capital Marcus Alexandre (PT) e o provável presidente da ALEAC, Ney Amorim(PT). Além disso, terá a maior bancada na Câmara Federal com três deputados do partido. E um senador. Sem dúvida, um capital político de fazer inveja aos desafetos. Soma-se a isso as alquimias políticas do agora secretário de articulação Francisco Nepomuceno, o Carioca. Aguardem para verem quantos prefeitos irão mudar de lado na expectativa de terem apoio da “máquina” às suas reeleições em 2016. Só mesmo amadores podem achar que esses “caras” estão brincando de fazer política.
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