No dia 25 de dezembro se comemora o Natal, festa que transpira uma harmonia muito particular e frequentemente pouca discutida. As pessoas ficam mais leves, mas sensíveis, mais reflexivas sobre os significados do nascimento do Cristo.
Entrar em um “Shopping Center” é como ter em mãos um bilhete para o paraíso. Vendedoras felizes, sorrindo o tempo todo, seguranças gentis, indicando os caminhos e lugares, um bondoso Papai Noel brincando com as crianças mais dóceis e calmas do mundo e, para dar mais prova do cenário verdadeiro, algodões entrelaçados, no solo central, fazem todos sonhar com a sonhada neve.
Foi nesse contexto angelical que Alberto passou apenas quatro horas para conseguir comprar os presentes dos dois filhos, da esposa e, como o décimo terceiro sempre dá a falsa ideia que temos dinheiro demais, da sogra também.
Mesmo com o lanche das quatro, Alberto, ao chegar a sua casa, desmanchou-se nos aromas da ceia preparada desde todo o dia.
Não deixou o relógio e suas pulseiras em cima da televisão, como sempre fazia, os presentes ficaram no sofá, seriam abertos após a janta e só um beijo da esposa, um afago nos cabelos das crianças e um sorriso morno da sogra foram o que impediram de porem os talheres a trabalhar de maneira bem auspiciosa. Hora da janta!
O vinho tinha qualidade, a champanhe, meio amarga, também fora benquista, os beliscos, aqui e ali do que ainda resistia na mesa e os goles esporádicos de refrigerantes ajudaram a abrilhantar o fulminante infarto que Alberto teve após revirar a mesa em gulodice. Morreu.
Chegou ao hospital morto! Nem toda a medicina europeia dava mais jeito naquele corpo não tanto obeso, mas descuidado e sedentário, devido ao ritmo da vida moderna que levava.
A esposa perdeu todas as referências da tão nobre data: chorava copiosamente, junta com os parentes e amigos nos bancos frios e vetustos dos hospitais púbicos. Pensava nas contas a pagar, no futuro incerto e na terrível ideia de ter que trabalhar. Quando um amigo especial ligou pra lhe desejar boas festas, ela mal atendeu, dizendo que o momento não era um dos melhores.
O auxiliar de enfermagem, aproveitando o momento cinza e lastimoso, foi rápido para ganhar de natal o relógio e os adornos de Alberto. Chegou a sua casa bonito no outro dia, mostrando o relógio que Papai Noel tinha lhe dado.
As pulseiras, deu pra moça da recepção que ele queria comer fazia muito tempo: trocou por um breve encontro com ela numa sala vazia e escura onde eram guardados materiais de limpeza.
A amante de Alberto soube dois dias depois do evento. Ficou um pouco chateada, estava vencido o aluguel do apartamento e esperava ganhar de natal um presente bem caro, na igual medida do que ela tinha se submetido a fazer na cama na tarde do dia anterior.
A mãe da viúva tinha ficado com as crianças na casa, doces diabinhos que brincavam sorridentemente nem se importando com a notícia de que o papai teve de sair.
Enquanto pensava na viagem ao Rio de Janeiro que ia fazer, Dona Laudireia, não resistiu à curiosidade e abriu todos os presentes. Vendo o horrível par de meia que tinha ganhado, confirmou o que já sabia: o finado tinha um péssimo gosto, só acertou uma única vez, quando se casou com a filha dela.
Abriu também a carteira do genro que tinha ficado em cima da estante e retirou sem cerimônias medievais um rico soldo que lá se encontrava. Era dela agora, dinheiro nunca é demais.
Olhando mais detalhadamente a casa da filha, enquanto pensava em voltar a morar com os netos, atendeu a chamada de uma amiga e desejou a todos FELIZ NATAL!
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