Quem pensava que após 28 anos de mandato, o deputado estadual Elson Santiago (PEN), estaria pronto para deixar a vida pública, se enganou. Derrotado nas eleições deste ano, Santiago fez uma despedida bem-humorada do parlamento estadual na última sessão da atual legislatura na Aleac.
“Vou ali rapidinho e já volto”, disse Elson Santiago, prometendo voltar a ocupar uma das 24 cadeiras do parlamento estadual. Santiago era visto como um dos integrantes da “bancada dos mudinhos”, deputados que nunca discursam na tribuna, mas tomou gosto pela oratória ao chegar à presidência.
Santiago acredita que sua trajetória política poderá servir de inspiração para os jovens. “Sou aquele cara simples, humilde. Tenho orgulho em dizer isso. Comigo não tem arrogância. Saio do Parlamento de cabeça erguida. De menino pobre a presidente da Assembleia Legislativa e governador interino”.
A longa convivência na Aleac não vai permitir que Santiago corte o cordão umbilical com o Poder Legislativo. Mesmo sem mandato, ele garante que vai fazer visitas constantes à Casa. O atual presidente assegura que foi uma honra ter participado e contribuído com o Acre em sete mandatos consecutivos.
Mesmo entrando numa chapa com o PT, onde ele teria poucas chances vitória, Santiago disse estaria satisfeito com os números de sua votação . “Não consegui vencer a eleição, mas estou alegre e satisfeito. Estou com a consciência tranquila. Acredito que cumpri com a missão que me comprometi”, enfatiza.
Segundo informações de bastidores, Elson Santiago vai ocupar o cargo de assessor especial no governo do Acre. Ele prefere não comentar o assunto, destacando apenas que dedicará mais tempo à família. A aposentadoria política ainda não estaria nos planos do único deputado constituinte ainda em atividade.
“Estarei participando de projetos que beneficiarão e muito a população do nosso Acre. A única diferença é que terei mais tempo para minha família. Foram longos anos de renúncia do convívio familiar. Não reclamo, já que fui eu quem escolhi. Os próximos quatro anos serão um intervalo no trabalho parlamentar”, finaliza.