Mais importante encontro de sambistas no Acre – e talvez um dos mais antigos do Brasil, a roda de samba da Mangabeira completou 23 anos.
Hoje, uma segunda geração de músicos compõe a roda, liderada pela maior revelação da música acriana nos últimos anos, Brunno Damasceno.
A roda acontece uma vez ao ano (a última foi realizada no dia 13 de dezembro), reúne cerca de 200 pessoas, não há venda de ingressos, só entram pessoas convidadas e as receitas e despesas são expostas em uma folha de papel fixada na parede para maior transparência (o dinheiro para realização do encontro é arrecadado por meio de apoios).
“Aqui se reúne a nata do samba acriano. Tem o pessoal das escolas de samba, de blocos e de outros grupos que tocam na cidade”, explica Brunno.
O evento surgiu de uma cervejada pós-partida de futebol entre as turmas da Mangabeira (nome de uma rua na capital acriana) e Divina Luz, no bar Manuel com Sono, em Rio Branco (AC). No início, tinha um violão, um tantã e um triângulo. Depois, apareceu um cavaco e um pandeiro.
“Ouvíamos discos de Martinho da Vila, Beth Carvalho e depois tocávamos”, lembra Alberto Casas, um dos fundadores do grupo. O encontro cresceu e se tornou tradição anual. “Aqui é samba mesmo, para valer”.
Brunno Damasceno é atualmente a maior promessa da música acriana. Ele foi quarto lugar no concorrido concurso nacional Exposamba com a música “Samba de break” (ouça aqui) – na edição atual ele já pulou para a fase de apresentação presencial de sua música em São Paulo.
Na roda de samba da Mangabeira deste ano, Brunno se apresentou ao lado de outra promessa, convidada para o encontro: Gabriel da Muda, surgido no núcleo mais importante do gênero do Rio hoje, o Samba do Trabalhador (saiba mais sobre a nova geração do samba carioca aqui).
O auge da roda neste ano foi a apresentação da música “Pintura sem arte”, dedicada por Gabriel a Patuá, que ao lado de Casas, integra a primeira geração do grupo. A obra prima de Candeia é uma poesia dramática (ouça aqui) e, no momento da interpretação da música por Gabriel, os sambistas acrianos foram às lágrimas, como o jovem Anderson Liguth, pandeirista e conhecedor de um vasto repertório de samba – ele tem programa de rádio sobre o gênero.
Outro momento importante do encontro foi a apresentação do belo samba-exaltação “Mangabeira”, composto por Brunno Damasceno. Versos exaltam o encontro dos sambistas acrianos (ouça aqui).
Brunno irá para o estúdio em 2015 gravar seu primeiro disco. O repertório já foi escolhido. Única vez que o Acre teve um sambista de projeção nacional foi com Da Costa, falecido em 2005 (saiba mais sobre o artista aqui).
“O momento é forte do samba no Acre”, resume o músico acriano. É da tradição que a música acriana se revigora. (Augusto Diniz – Rio Branco/AC)
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