Exibido ontem (12) à noite, no SBT, através de sua afiliada na capital, a TV Rio Branco, o debate entre o deputado federal Sibá Machado (PT) e o deputado federal eleito, Major Rocha (PSDB) chegou a ter clima tenso, no primeiro bloco, quando o assunto da Operação Lava Jato foi citado. Judicialização e criminalização da política foram temas do debate que lembrou até o tempo de Pedro Alveres Cabral, a Carta Pero Vaz de Caminha, além das perspectivas para a formação do novo Congresso.
“O Congresso Nacional por subserviência e falta de coragem não fez as reformas que o Brasil precisa”, disse o Major Rocha.
“Quando isso sai do individual para contaminar os partidos políticos, ai está a judicialização e criminalização do processo político de maneira generalizada”, disse Sibá Machado ao analisar a crise na Petrobrás.
O clima começou a esquentar quando o deputado Major Rocha perguntou a Sibá Machado porque os escândalos do governo FHC não foram investigados nos 16 anos do PT no governo, já que Lula e Dilma sempre tiveram a maioria no Congresso.
“A Policia Federal era calada, Geraldo Crivero era engavetador oficial de Fernando Henrique Cardoso, não se investigava nada”, respondeu Sibá.
O deputado petista afirmou que há uma tendência no Brasil para se cassar um presidente metalúrgico. Ele nega que a corrupção no país tenha começado no governo Lula. Narciso Mendes, um dos mediadores ajudou: “a corrupção no país está presente desde Pedro Álvares Cabral, quando pediu em carta um emprego para o irmão”.
Osmir Lima fez várias intervenções no debate, uma delas, para criticar o modelo dos partidos que segundo o deputado constituinte “viraram uma espécie de franquia”. Osmir criticou a existência de 33 partidos. “Para se eleger hoje os partidos não tem mais programas, não tem mais ideologia, é tudo na base das finanças”, acrescentou.
Sibá voltou a se exaltar quando ele mesmo puxou o assunto sobre a Operação Lava Jato. Ao ser interrogado por Narciso Mendes se seu nome constava, ele respondeu: “Tá sim, eu não me escondo, está na minha prestação de contas”.
Sibá revelou que a Policia Federal informou que somente o PSOL não está entre os partidos denunciados pela Operação. Rocha lembrou que existem outros nomes que foram revelados pela delação premiada que ainda serão investigados.
“Eu peço dinheiro para o meu partido, o PT repassa pra mim. É legítimo. Recebi R$ 90 mil da Egemix, R$ 25 mil da Camargo Correia, mas é da contabilidade”.
Mas ainda Sibá, quem roubou dinheiro, quem colocou no bolso, devem ser investigados e responsabilizados. Os dois deputados convergiram quando o assunto foi o papel parlamentar a partir de 2015, ambos se comprometeram em defender reformas e recursos para o bem do Acre.