Inspirada nos 50 anos do golpe militar, a 9ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no Hemisfério Sul inicia em Rio Branco, na segunda-feira, 8, a partir das 18h30, na Filmoteca Acreana, com a exibição do filme “Que Bom Te Ver Viva”, de Lúcia Murat, homenageada do projeto. Até o dia 13, sábado, 41 filmes estarão sendo exibidos nas sessões gratuitas às 13, 15, 17 e 19 horas. A entrada é franca.
A novidade em 2014 são filmes produzidos não só na América do Sul, como nos outros anos, mas também em países do Hemisfério Sul, como Egito e Jordânia.
O mostra está sendo realizada desde 3 de novembro e se estende até 20 de dezembro nas 26 capitais e o Distrito Federal.
Homenagem a Lúcia Murat
A cineasta Lúcia Murat esteve envolvida com os movimentos políticos de resistência ao golpe, foi presa em 1971, e levou suas experiências para as telas do cinema. Os filmes que marcam a obra de Murat: “Brava Gente Brasileira”, “Uma Longa Viagem”, “Doces Poderes” e “Que Bom Te Ver Viva”, fazem parte da programação.
Em “Que Bom Te Ver Viva”, filme de abertura, a narrativa discorre sobre duas décadas depois do golpe, onde oito ex-presas políticas falam sobre a luta e a tortura vividas durante o regime militar brasileiro e a experiência de ter sobrevivido. Entre os depoimentos, delírios e confissões de uma personagem anônima, que reflete sobre o peso de ter sobrevivido lúcida às torturas.
“O Brasil é uma marca constante na carreira de Lúcia Murat. Visto pela ótica estrangeira, dissecado em sua História remota ou contemporânea, nosso país vem ganhando um retrato complexo, amoroso e doloroso nos filmes de uma cineasta que é mais do que merecedora desta homenagem”, opina Rafael de Luna Freire, coordenador da mostra.
A 9ª Mostra oferece filmes em closed caption e sessões que incluem audiodescrição, voltadas para pessoas com deficiência visual. “Mostra Competitiva”, “Mostra Memória e Verdade”, “Mostra Homenagem Lúcia Murat” e “Sessão Inventar com a Diferença” compõem o projeto.
O evento traz também outros debates acerca dos direitos humanos, com filmes que abordam temas como população LGBT e enfrentamento da homofobia, questões culturais e territoriais da população indígena, direitos da pessoa com deficiência, entre outros.
Golpe Militar – Os documentários “Setenta” (2013), de Emilia Silveira Brasil, e “Cabra Marcado para Morrer” (1984), de Eduardo Coutinho, estão entre as escolhas da curadoria, na “Mostra Memória e Verdade”. São produções voltadas para o golpe de 1964, abordando questões sobre a ditadura e os contornos políticos do período.
A realização é da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), em parceria com o Ministério da Cultura (MinC) e a Universidade Federal Fluminense (UFF), com o apoio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e Fundação Euclides da Cunha, além do patrocínio da Petrobras e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No Acre, o apoio cultural é da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Fundação Elias Mansour (FEM) e Secretaria de Estado de Turismo (Setul).
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