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O lado bom da política

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Da redação ac24horas

O assunto político principal no país é a corrupção. Fatos como Petrolão, entre vários outros, envolvendo políticos e partidos causam indignação na população. Assim a política que é um grande instrumento de transformação social começa a parecer uma “coisa suja”. As pessoas diante de tantas informações negativas acabam generalizando todos os políticos. Mas nem a ciência política e nem mesmo todos os políticos estão “contaminados”. Ainda existem aqueles que têm um propósito e um ideal em fazer da política algo saudável que possa beneficiar a sociedade.


Aprendendo a ver e ouvir
Para ser um bom político é preciso entender quais são as aspirações dos vários setores da sociedade. Conversar muito com as pessoas mais simples. Visitar comunidades e entender as suas necessidades. Não adianta se encastelar em gabinetes e nos ambientes de “poder”. Infelizmente tenho visto alguns políticos no Acre serem muito bem articulados com os poderosos, mas esquecem de articularem-se com as pessoas que vivem a vida real. Penetrar no universo do lugar onde se vive e entender o que cada um dos nichos sociais é, e precisa, para desenvolver-se. Quem só dialoga com o poder se torna mudo e surdo com a sociedade. Começa a defender os interesses da minoria, mas quer os votos das maiorias. Numa equação incongruente.


Exemplos positivos
Outro erro que se comete com a política é achar que tudo que foi feito pelo partido opositor ao qual a pessoa simpatiza é ruim. Não é bem assim. O ex-governador do Acre, Flaviano Melo (PMDB) construiu muitas coisas no Estado que ainda permanecem. Como conjuntos residenciais, avenidas, o Teatrão, incentivo aos agricultores etc. Da mesma maneira é inegável que as gestões do PT também conseguiram grandes realizações. A rede escolar foi transformada, a melhoria urbana é notável em todo o Acre e, a própria estruturação da gestão ganhou um corpo técnico. Da mesma maneira que o ex-governador Orleir Cameli conseguiu dar um grande impulso na integração do Acre através das novas estradas que foram construídas. Cada um fez um pouco. E todos tiveram suas falhas e acertos.


A humanização necessária
Para que a política possa ter credibilidade à população é necessários que haja mais diálogo entre as partes opostas e menos guerra. A eleição de 2014 será inesquecível para todos os brasileiros pelo grau conflituosidade entre as partes. O advento da popularização da internet e das redes sociais deu a possibilidade ao cidadão comum de se manifestar publicamente. Assim a agressividade acabou dando ao tom da campanha. Alguns preferiram os ataques às proposições e à criatividade. O caminho escolhido foi equivocado e apesar das urnas fechadas ainda resta um resquício desse clima bélico que se instaurou no país por causa da política eleitoral. Um erro total de foco daquilo que deveria ser a oportunidade de debater erros e acertos para utilizar a política como um instrumento de transformação do país.


A alternância de poder
Para a democracia se desenvolver é preciso alternância de poder. Os grupos políticos não devem permanecer por muito tempo nos governos porque acabam criando uma série de vícios que descambam para a corrupção. Mas por outro lado, aqueles que disputam as eleições devem ter propostas convincentes para poder realizar a alternância. Não é só bradando os defeitos do antecessor. Além do fato, que atualmente existem inúmeras ferramentas de marketing para conseguir o convencimento das propostas. Então é preciso ter conhecimento dessas técnicas. Evidentemente que qualquer ferramenta funcionará melhor se as propostas de mudança forem boas.


O que o cidadão espera
Quem paga os salários dos representantes e a estrutura de gestão é o povo. Então quem trabalha na política deveria estar para servir seu patrão verdadeiro. Perder de vista esse foco significa dar voltas em círculo desfrutando do poder. Mas uma dia isso acaba. As pessoas esperam dos seus representantes melhorias reais na sua qualidade de vida. Uma saúde pública confiável, uma segurança eficiente, acesso aos meios de produção, educação de qualidade, sistemas de transportes que funcionem e boa infraestrutura das cidades e da zona rural. Quem conseguir proporcionar mais benefícios às pessoas e comunidades terá vida mais longa na política. Políticos criados pelo marketing sem conteúdo acabam desaparecendo no tempo e espaço.


Renovação necessária
Para terminar, não quero citar nomes, mas conheço muitos políticos aqui no Acre que estão bem intencionados. Que desejam realmente colocar-se a serviço da população para promover a transformação social. Tem também aqueles que estão só usufruindo dos cargos e posições. O julgamento cabe à população em cada eleição.  Agora, os partidos políticos deveriam promover mais debates e cursos de formação ideológica para os seus simpatizantes. Quem sabe para surgir uma nova geração de políticos verdadeiramente compromissados com a população. Melhorar o nível da política e aproximá-la mais do seu verdadeiro objeto que é o desenvolvimento da nossa sociedade em todos os níveis.


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