Movimentos contrários ao aumento da tarifa de ônibus se articulam em Rio Branco

O prefeito de Rio Branco, Marcus Viana (PT), deve anunciar, já nos próximos dias, a nova tarifa do transporte coletivo da Capital. Informações dão conta que o custo será de R$ 3,00 – para usuários comuns – e R$ 2,80 – para os usuários que pagarem com o cartão magnético.

O ac24horas veiculou matéria sobre o tema na última semana, e a informação causou descontentamento aos usuários do sistema municipal nas redes sociais. Movimentos contra o aumento já se articulam em toda a cidade.

Na última sexta-feira, 28 de novembro, dezenas de jovens se reuniram na Praça Plácido de Castro, para definir quais serão os próximos passos dos movimentos que visam protestar contra o aumento. As atividades devem se iniciar já nesta semana, de forma a surpreender o Poder Público e prejudicar, fortemente, os empresários do ramo de transportes da Capital.

Anderson Luiz, que participou do encontra, afirmou ao ac24horas que “o movimento que vamos fazer vai surpreender a todos,principalmente ao prefeito de Rio Branco. Esse aumento é absurdo e isso não ficará assim”, reclama o estudante.

O material veiculado na última semana também aponta a previsão de lucros diários e mensal das empresas de transporte coletivo de Rio Branco. No levantamento o caixa das concessionárias pode fechar em R$ 4,2 milhões, facilmente, levando em conta numero relativamente baixo de usuários.

Joana Andrade, aposentada, confessou acha o valor muito alto e faz uma leve crítica à Marcus Viana. “Esse valor está muito alto. O prefeito tem que pensar mais sobre isso. Se ele nos representa tem que representar de verdade e não aceitar a exigência das empresas”, afirma.

Os empresários e concessores do transporte coletivo da Capital encaminharam, há cerca de 10 dias, uma proposta cujo valor da tarifa seria de R$3,33. A tabela poderia baixar para R$ 3,08, caso o Poder Público desonerasse impostos, como o que incide Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) ou a Outorga.

Lázado Campos, agente administrativo, pensa diferente. Para ele, a passagem pode até aumentar, mas o serviço precisa melhorar. “Querem aumentar? Aumentem! Mas não deixem o serviço como está, porque os ônibus são sujos, os motoristas correm, a gente não tem parada e os ônibus demoram muito para passar”, comenta o morador do Bairro Placas.