Terminada a eleição presidencial o derrotado senador Aécio Neves (PSDB) parece não ter aceitado o resultado. Ele se transformou numa verdadeira metralhadora giratória. Não passa um dia sem “atacar” o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Ao invés de promover e reforçar as instituições da frágil democracia brasileira, Aécio se tornou uma espécie de arauto do caos. Porta-voz das disparatadas propostas de impeachment e, até mesmo, de golpe, o tucano continua em campanha inconformado com o resultado eleitoral. Mas em breve Aécio Neves vai provar um pouco desse veneno que destila diariamente. Derrotado fragorosamente no estado que governou por oito anos, no primeiro e no segundo turno, Minas Gerais, os seu adversários estão preparando uma surpresa para o “bom moço”. Segundo fontes ligadas ao governador mineiro eleito Fernando Pimentel (PT) as secretarias dos recentes governos do PSDB serão bem auditadas. Se houverem “mal-feitos” nos 12 anos de gestões tucanas, oito com Aécio e, mais quatro com Antônio Anastasia (PSDB), agora senador eleito, vai tudo para o ar. O resultado dessas auditorias deverá ser uma espécie de contra-ataque contra a enxurrada de acusações pós eleitorais de Aécio Neves.
Ex-aliados
Fernando Pimentel, na época prefeito de Belo Horizonte e Aécio, governador, em 2008, fizeram uma parceria para eleger Márcio Lacerda (PSB), reeleito à gestão de BH, em 2012. Mas tudo muda na política e a bandeira branca deve ser rasgada.
Fiel escudeiro
O governador eleito Fernando Pimentel é talvez um dos políticos mais próximos da presidente Dilma. A sua vitória somada as derrotas de Aécio, em Minas, reforçaram ainda mais o prestígio de Pimentel juto a presidente. Ele deve jogar pesado.
Base “arranhada”
O senador mineiro deverá enfrentar problemas dentro da sua própria base eleitoral em Minas. Um governo do PT poderá fazer “estragos” no seu prestígio. Ainda mais se as auditorias encontrarem mais coisas entre o céu e a terra do que a nossa vã filosofia pode supor. A sua reeleição não será tão simples como imagina.
A resistência dos paulistas
Outro problema para Aécio será dentro do ninho tucano. O governador de São Paulo, Geraldo Alkmin (PSDB) e, o senador eleito José Serra (PSDB), devem achar que Aécio já teve a sua vez. Dificilmente deixarão o tucano mineiro ser candidato à presidência novamente. Inclusive, os dois já reabriram diálogo com Dilma.
Democracia em primeiro lugar
Não tenho nada contra Aécio Neves. Mas tenho tudo a favor da democracia. Não pode terminar uma eleição e a campanha continuar. Se ainda existem dúvidas sobre o resultado das urnas que sejam resolvidas nas instâncias jurídicas.
Cada um que pague pelo que fez
Sou absolutamente a favor das investigações rigorosas do “caso do Petrolão”. Que quem utilizou dinheiro público indevidamente seja exemplarmente punido. Seja quem for. Mas não se pode condenar ninguém antes do processo terminar.
Golpe não
Se provarem envolvimento direto da presidente Dilma com os desvios da Petrobras aí sim se pode falar em impeachment. Mas precipitar o processo logo depois do resultado das urnas é golpe. E a democracia não comporta esse tipo de atitude.
Ninguém é santo
O que me incomoda nessa postura “raivosa” de Aécio Neves é que parece que como não ganhou nas urnas quer se presidente por “outras vias”. Infelizmente corrupção no país não é atributo de um único partido.
Pra ver a banda passar
Fico assistindo o candidato tucano derrotado falando o que bem entende. Posando de bom moço que tiraram o doce da boca. Na minha avaliação, uma postura equivocada. O tempo passa e as coisas vão se ajustando. A política é assim.
Em causa própria
Uma das principais causas identificada pelos tucanos para a derrota de Aécio é a reeleição. Mas se esquecem que foi o próprio PSDB quem implantou a reeleição no país durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) que foi o primeiro beneficiado pelo sistema e reeleito em 1998.
Oposição de esquerda
A candidata do PSOL à presidência Luciana Genro (PSOL) já anunciou que fará oposição de esquerda à presidente Dilma. Uma posição coerente. As correntes políticas devem se posicionar e debater o destino do país dentro das regras democráticas.
Marina mais presente
Alguém deveria dizer para a ex-senadora Marina Silva (Rede) participar mais da política do Acre. Ela tem muito a contribuir. Com prestígio nacional e internacional, Marina poderia interferir nos processos internos do Estado.
O país precisa reforçar a sua democracia
Chega dessa conversa golpista. Aécio não teve mais de 52 milhões de votos. A maioria desses votos foram contra o PT e não nominalmente a ele. O país está literalmente dividido politicamente. Por isso, é preciso ainda mais atenção com o reforço e o apoio às instituições do Estado de Direito. Neto do falecido ex-presidente Tancredo Neves, Aécio deveria lembrar dos seus ensinamentos. Tancredo gostava dizer que “se governa com vitoriosos e não com derrotados”. Que Aécio assuma o seu papel de opositor, mas com a responsabilidade de manter viva a democracia do país. E o PT que tenha mais cuidado com o poder que o povo lhe delegou. Além da necessária Reforma Política está na hora das forças partidárias brasileiras compactuarem para solidificar a democracia. E quem quiser mudança que comece a construí-la, mas sem essa conversa golpista.
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