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Projeto de extensão discute formação de educadores para pessoas autistas

Por
Jairo Carioca

O projeto de extensão do Centro de Educação Letras e Artes (CELA) “Teatro, Educação e Autismo” promoveu na última quinta-feira (28), o primeiro encontro do último módulo do curso piloto de extensão “Práticas teatro-corporais na formação de educadores de crianças e jovens autistas”. O evento reuniu, no anfiteatro Garibaldi Brasil, professores, estudantes, pais, terapeutas e mediadores para assistir à palestra do psicólogo e estudioso da análise de comportamento, André Borges Varella.


“Estamos aqui, hoje, para dar continuidade ao nosso curso piloto que tem como objetivo ser o primeiro passo para discutir ações de formação de educadores de pessoas com autismo partindo do nosso campo de atuação que é a arte. Acreditamos que a aproximação de elementos teatrais pode contribuir com o desenvolvimento dessas crianças e jovens”, explicou a coordenadora do projeto de extensão, professora Andréa Lobo.


De acordo com dados divulgados em março deste ano pela entidade americana CDC, uma em cada 68 crianças nos Estados Unidos nasce com a doença. No Brasil, a única pesquisa disponível aponta 2,7 casos para cada 10 mil nascimentos. “Um dado que, segundo os próprios pesquisadores, pode estar maquiado já que o estudo é ainda preliminar e restrito a uma região”, diz André Varella.


Segundo o pesquisador, um dos maiores desafios quando se fala na síndrome que se caracteriza como um transtorno do desenvolvimento com forte carga genética, ainda é o diagnóstico precoce para tratamento imediato. “Existem vários graus de autismo. Antes dos três anos de idade já se percebe características do autismo e, às vezes, você não identifica porque a criança tem um grau muito leve”, aponta, ao lembrar que, muitas vezes, por mais que os pais identifiquem atitudes diferentes nos filhos, acabam não desconfiando que os comportamentos sejam características da doença.


Entre as principais características que podem ajudar a identificar uma pessoa com autismo estão a dificuldade de socialização e linguagem, interesse restrito e comportamento repetitivo. “Vamos começar os estudos, mas somos levados a acreditar que o teatro ao envolver interações sociais pode ser uma importante ferramenta para o desenvolvimento da socialização da pessoa com autismo”, analisou o Varella.


A última atividade do projeto de extensão que envolve ao todo 60h de curso será no próximo dia 18 de dezembro.


 


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Jairo Carioca

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