Recebi um telefonema do deputado federal eleito Alan Rick(PRB) para rebater algumas notas da coluna. As informações refletem comentários que têm sido ventilados por membros da FPA e colocam em dúvida a lealdade do novo deputado à coligação.
Alan Rick rebateu: “ Sou leal e grato ao governador Tião Viana (PT). Participei da campanha do segundo turno, mas teve um momento que realmente que viajei a tratamento de saúde e para resolver questões familiares. Não saí de férias como comentaram alguns setores da FPA. Também não estou conversando com a oposição. Vou me manter alinhado ao atual Governo do Estado e ajudar em tudo que puder,” afirmou.
Amizades “suspeitas”
Parte desses boatos que realmente circularam sobre Alan Rick tem origem numa suposta amizade dele com o deputado federal Márcio Bittar (PSDB) que disputou o segundo turno. “Tenho uma relação amistosa com o Bittar assim como tenho também com o senador Jorge Viana (PT) e outros personagens da política acreana. Mas nenhum deles é o meu melhor amigo como querem fazer parecer. Alguns membros da FPA chegaram a dizer que eu estava fazendo campanha para a oposição no segundo turno. Isso não é verdade. Estive em vários lugares com o governador pedindo voto na Capital e em Senador Guiomard. Inclusive realmente andaram falando também que tive um encontro com o senador Gladson Cameli (PP), em Cruzeiro do Sul, depois do primeiro turno. Mas é outra invenção já que não fui ao Juruá depois da minha eleição,” defendeu-se.
Desafetos reais
Alan Rick sabe que tem uma parte do PT que não gosta dele. Inclusive ele atribuí ao fato de ser evangélico a existência de um preconceito velado de alguns setores. “Admito que tem gente da FPA tentando me queimar. Eu sei quem são as pessoas que espalham notícias contra mim e colocam em dúvida a minha lealdade ao projeto da FPA. Eles desejam que eu não assuma para deixar o caminho aberto para o suplente Moisés Diniz (PC do B). Mas isso não vai acontecer. Não quero papo com essas pessoas que representam a velha política acreana. Tenho compromisso com o PRB e vou abrir um diálogo a nível nacional durante o meu mandato para defender os interesses do nosso Estado,” argumentou.
Posturas polêmicas que podem desagradar
Apesar de saber que enfrentará um certo patrulhamento ideológico, o deputado eleito já avisou: “Quero dialogar sim em Brasília com o senador eleito Gladson Cameli pelos interesses do Acre. Pretendo construir uma excelente relação com o prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB). Quero desenvolver projetos sociais no Juruá e não vou ficar olhando para cores partidárias. É óbvio que como deputado federal terei que ajudar o segundo maior município do Estado. Vou dialogar com todos os lados da política e ajudarei o governador Tião Viana o máximo que puder,” pontuou.
Vai para o trono
As especulações de que o deputado federal eleito César Messias (PSB) possa ir para o DERACRE foram desmentidas por uma fonte próxima a ele. Inclusive, a equipe de Messias tem trabalhado nesses dias para viabilizar a documentação para a sua posse na Câmara Federal.
Questão nacional
Foi esclarecido que o PSB nacional há muito cobrava a eleição de um deputado federal do partido no Acre. Agora, com a conquista, não irão abandonar a vaga. César é considerado fundamental para as pretensões nacionais dos socialistas.
A visão do colunista
Uma vaga para deputado federal no Acre é muita coisa. Por serem apenas oito se tornam praticamente cargos majoritários. Algumas prefeituras têm sobrevivido na base das emendas dos deputados federais e senadores. César teve votos em todos os municípios. Já foi prefeito e sabe das dificuldades dos gestores. Não teria sentido abandonar o barco.
Pé na estrada
Conheço o deputado federal Henrique Afonso (PV) desde que cheguei ao Acre. Apesar das confusões que se mete poucos políticos são tão transparentes quanto ele. Encontrei com Henrique no aeroporto de Brasília todo animado. Vai voltar para a sala de aula (é professor do Estado) e quer abrir diálogo com as comunidades para formular o que chama de nova política. Não é qualquer derrota que efetivamente derruba o Henrique.
Vagas abertas
A vereança aproxima o político do povo. Fica a sugestão para os derrotados aos cargos majoritários, em 2014, Perpétua Almeida (PC do B) e Márcio Bittar (PSDB) para tentarem uma vaga à Câmara de Rio Branco em 2016.
Silencioso
Tenho visto poucas especulações sobre a disputa aos cargos de primeiro escalão para o Governo do Acre em 2015. Acho que a ressaca eleitoral está mais forte do que se esperava. Todo mundo quieto, na moita, esperando o carnaval chegar.
Ironia
Adoro ver os “derrotados” das eleições postarem fotos alegres e sorridentes nas redes sociais. Como se nada tivesse acontecido. E tem aqueles ainda que não desarmaram as suas metralhadoras giratórias e continuam atacando tudo e todos. Nada que um bom terçado e um terreno para roçar não cure.
Vice nada
Perguntei outro dia ao deputado estadual Ney Amorim (PT) se vai ser candidato a vice-prefeito na Capital. A resposta fulminante: “Você acha que tenho cara de ser candidato a vice?” Ney deve ser o novo presidente da ALEAC, em 2015 e, pelo jeito, tem sonhos mais ambiciosos.
Cenas de campanha
Claro que tem aqueles que fazem isso por se preocuparem com o sofrimento alheio. Mas existem alguns políticos que não podem ver uma alagação, como a de Tarauacá, ou outra tragédia qualquer que correm para o local. Normalmente isso rende muitas imagens de campanha.
Cacique na tribo certa
O deputado estadual Moisés Diniz (PC do B) escreve bem. A sua derrota para federal deverá incentivá-lo a produzir mais como escritor e articulista. E o Cacique já começou bem com seu artigo publicado neste final de semana no AC24horas. Essa questão da retomada dos princípios de esquerda é fundamental para Brasil continuar a crescer socialmente. Estar no poder realmente muda a mentalidade ideológica de alguns políticos. A questão da governabilidade acaba atropelando as convicções. Parabéns Cacique, seja bem-vindo.
