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Áreas protegidas estão sendo desmatadas no estado do Acre

Por
Jairo Carioca

Os municípios de Manoel Urbano e Santa Rosa do Purus aparecem entre os que possuem assentamento de reforma agrária que desmataram no mês de outubro, na última geração de alertas de desmatamento e degradação florestal realizado pelo Imazon.  O PAR Aleluia (Manoel Urbano) ocupa o 7º lugar no ranking e o  PAR Santa Rosa (em Santa Rosa do Purus) o 9º lugar entre os dez assentamentos que mais desmataram no período.


A destruição no Projeto de Assentamento Aleluia foi equivalente a 1,4 km, enquanto que em Santa Rosa a destruição da floresta atingiu uma área de 1,2 km. O PDS liberdade, no estado do Pará foi o que mais destruiu, uma área superior a 14 km.


Em setembro outros dois assentamentos no Acre foram apontados no relatório. O PA Remanso em Capixaba e o PA Porto Luiz II em Acrelândia, destruíram juntos 5,1 km de florestas.


A reserva estadual do Antimary aparece na lista de áreas protegidas desmatadas em setembro. Na região que fica entre os municípios de Bujari e Sena Madureira, a destruição foi de 1,7 km. A reserva federal Chico Mendes engrossa as estatísticas, com 1,4 km de destruição.


Em outubro de 2014, a maioria (60%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos de Reforma Agrária (22%), Unidades de Conservação (16%) e Terras Indígenas (2%)


O SAD detectou 244 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal em outubro de 2014. Isso representou um aumento de 467% em relação a outubro de 2013 quando o desmatamento somou 43 quilômetros quadrados. Foi possível monitorar 72% da área florestal na Amazônia Legal enquanto que em outubro de 2013 o monitoramento cobriu uma área menor (69%) do território.


Em outubro de 2014, o desmatamento concentrou em Rondônia (27%), Mato Grosso (23%), seguido pelo Pará (22%) e Amazonas (13%), com menor ocorrência em Roraima (9%), Acre (5%) e Amapá (1%).


Desde julho de 2012 a detecção de alertas desmatamentos e de degradação florestal vem sendo realizada na plataforma Google Earth Engine (EE), com a nova versão SAD EE. Esse sistema foi desenvolvido em colaboração com a Google e utiliza o mesmo processo já utilizado pelo SAD, com imagens de reflectância do MODIS para gerar os alertas de desmatamento e degradação florestal.


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Jairo Carioca

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