Procura por viagens ainda é pequena para o final de ano

A procura por passagem de viagem terrestre, tanto intermunicipal, quanto interestadual, ainda está baixa. Mesmo com a proximidade do fim do ano, as vendas seguem média anual. Na Capital, a expectativa, segundo empresários, é de que o aumento supere os 20%.

De acordo com agentes de viagens, o aumento considerável só deve chegar no mês de dezembro, quando os trabalhadores recebem o 13º salário. É nesse período que os consumidores procuram meios alternativos para viajarem. Após o início do mês de dezembro, as passagens aéreas ficam com preços mais salgados e quem deixa para a última hora, tem que viajar de ônibus.

Andre Silva, consultor de viagens, analisa a procura da população e projeta expectativas. “Agora em dezembro a procura deve aumentar bastante. Nossas metas sempre são conquistadas. É nas últimas semanas que os clientes correm para comprar”, explica.

Ele acredita também que os consumidores nem sempre estão preparados, com tudo ajustado. “Eles [os clientes] quase sempre estão sem passagens. Muitos ficam esperando promoções-relâmpago, e quando não conseguem, correm para uma agencia”, lembra. Andre afirma ainda que é “típico do acreano querer economizar e deixar tudo para os últimos segundos”, considera o consultor.

Evangelina Ferreira, professora, conta que não comprou a passagem ainda porque sabe que a procura sempre é muito baixa. Ela diz que as pessoas hoje em dia não querem mais viajar de ônibus, preferindo o carro ou o avião, mesmo para o interior.

“Eu vou para Cruzeiro do Sul, encontrar com a família e passar o fim de ano por lá. Ainda nem pensei em comprar a passagem. Vou deixar para comprar mais perto da ida. Sempre tem vaga, porque hoje em dia as pessoas preferem ir em seus carros, nesses taxis ou então vão é de avião, porque é mais rápido”, comenta.

A professora disse ainda que não vai sozinha. Ela vai para o Vale do Juruá acompanhada de sua família. No grupo, o esposo e três filhas. “Você já pensou se eu fosse pagar passagem de avião para todo mundo? Tem que tem dinheiro. É melhor ir de ônibus que a gente economiza e gasta mais por lá”, finaliza sorrindo.