Durante entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (18), na sede da PF em Porto Velho, o superintendente Carlos Manoel Gaya e o assessor de Operações Especiais da Controladoria Geral da União (CGU), Wagner de Campos Rosário, informaram que a investigação que resultou na operação Ajuricaba, deflagrada hoje pelos dois órgãos, descobriu que foram desviados cerca de R$ 5 milhões nos últimos quatro anos pela empresa contratada para fornecer alimentos para a Casa do Índio em Rondônia.
O superintendente informou também que foram apreendidos R$ 300 mil reais na casa de um dos sócios da empresa MG Alimentos, com sede em Ji-Paraná. Esta empresa foi a ganhadora da licitação para o fornecimento dos alimentos para o Distrito Indígena no estado, e recebeu dos cofres públicos ao longo do contrato, R$ 23 milhões.
O esquema de fraude, segundo explicou Rosário, consistia na adulteração da quantidade e de valores das refeições fornecidas pela empresa á Casa do Índio.
“ O esquema era operado por pessoas da empresa com a participação direta de funcionários da Casa do Indio. A principio a investigação mostra que esse esquema vinha funcionando a pelo menos quatro anos e já teria desviado cerca de cinco milhões dos cofres públicos”, disse o assessor.
Pela manhã ,agentes da PF cumpriram onze mandados de busca e apreensão em cidades de Rondônia e na cidade amazonense de Humaitá.
Seis pessoas foram conduzidas á sede da PF em Porto Velho onde prestaram depoimento ao delegado Marcos Luz, da Delegacia Institucional, responsável pelo inquérito.
Ainda de acordo com Wagner Rosário a investigação começou a cerca de um ano, depois que a CGU recebeu denúncias anônimas dando conta da existência da fraude.