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Famílias tentam invadir a Cidade do Povo e são retiradas pelo governo

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Agentes do governo iniciaram negociação com as famílias nas primeiras horas da manhã de hoje

Agentes de segurança pública e representantes da Secretaria de Habitação e Interesse Social tentavam na manhã de hoje (19) retirar duas famílias que ocuparam uma tenda utilizada para realização de eventos sociais na Cidade do Povo. Cansados de esperar pelo sorteio, Maria Francisca Farias Cavalcante e José Vaz da Silva se instalaram com suas bagagens na área com o objetivo de sensibilizar o governo para as necessidades de ganharem uma casa própria. A ação rápida tenta evitar que outras famílias se instalem no local ou dentro de centenas de casas prontas para serem entregues.

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“Toda vez que vamos ao povo do governo eles dizem que seremos contemplados no próximo sorteio. Essa semana uma atendente me disse que os cadastrados em 2009 teriam que renovar a inscrição. Ai perdemos a esperança”, disse Maria Francisca.


Quando se inscreveu em 2009 no chamamento feito ainda pelo governador Binho Marques, Francisca morava em uma área alagadiça, no bairro Taquari. Quando se casou, foi morar no bairro Boa União, de onde garante ter sido expulsa de um quarteirão, depois que o pagamento do Bolsa Família de cinco filhos atrasou e ela perdeu as condições de continuar pagando o seu aluguel.


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Maria Francisca disse que vai colocar as coisas no meio da BR. Inscrita desde 2009, ela exigia uma casa para morar

“Se me tirarem daqui eu vou para beira da BR, vivo apenas com o Bolsa Família, não tenho como pagar aluguel!”, exclamou.


Situação semelhante acontece com o peão de fazenda José Vaz da Silva. Ele também efetuou sua inscrição em 2009. Pai de quatro filhos – que saíram da sala de aula desde ontem – Vaz empenhou um dos únicos bens que possuía, uma televisão, deixada no valor de dois meses de aluguel.


“Sai do emprego e não tenho mais como pagar aluguel. Se nos derem um aluguel social eu saio daqui com minha família”, garantiu.


O OUTRO LADO:


O coordenador social da Sehab, Jessé Silva, confirmou a situação cadastral das duas famílias junto ao órgão, mas disse que assim como milhares de pessoas, “eles vão ter que aguardar o sorteio da terceira etapa da Cidade do Povo que vai atender essas famílias em situação de vulnerabilidade”.


Ainda segundo Silva, neste final de ano, apenas as famílias instaladas em fundos de Vale e em áreas de risco participarão do sorteio de entrega de 781 casas. “Temos que seguir as normas do programa”, acrescentou.


ACORDO – No final da manhã de hoje a Sehab conseguiu entrar em acordo com as duas famílias. Elas foram retiradas para a casa da senhora Francisca Cavalcante, mãe de Maria Francisca, mas segundo José Vaz, como a casa é pequena, os móveis ficaram no relento.

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“Nos deixaram aqui com nossa bagagem na chuva e disseram que vão ficar acompanhando até 2016. Esse foi o acordo”, disse José Vaz.


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