Em alta pelo terceiro dia seguido, a moeda norte-americana fechou em R$ 2,60, no maior valor em nove anos. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 2,601, com alta de 0,23%. O valor é o mais alto desde 18 de abril de 2005, quando a cotação tinha fechado em R$ 2,616.
O dia foi marcado pela volatilidade no mercado financeiro. No início da manhã, a cotação disparou. Por volta das 11h, o dólar chegou a atingir R$ 2,627. A alta, no entanto, arrefeceu no início da tarde. Às 16h30, a moeda chegou a cair para R$ 2,594, mas voltou a ficar acima de R$ 2,60 nos minutos finais da sessão. O dólar acumula alta de 4,92% em novembro e de 10,32% no ano.
A instabilidade é agravada pelo cenário externo, principalmente depois que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano, encerrou o programa de injeções de dólares na economia mundial motivado pela recuperação do emprego nos Estados Unidos.
O dólar não tem caído apesar de o Comitê de Política Monetária do Banco Central ter aumentado a taxa Selic (juros básicos da economia) para 11,25% ao ano. Em tese, os juros domésticos mais altos ajudam a derrubar o dólar porque ampliam a diferença das taxas brasileiras em relação às dos Estados Unidos, tornando o Brasil mais atrativo para os aplicadores internacionais.
A Bolsa de Valores fechou praticamente estável. O Ibovespa, índice da Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou a sexta-feira com recuo de 0,14%. As ações da Petrobras, as mais negociadas, caíram 2,94% e puxaram a queda.