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Voluntários recolhem doações para o Dia Nacional da Coleta de Alimentos

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Voluntários de todo o país estão mobilizados na arrecadação de doações durante o Dia Nacional da Coleta de Alimentos. Mais de 50 cidades participam da campanha que é comandada pela organização não governamental Companhia das Obras (CDO), com o apoio do programa Mesa Brasil, do Serviço Social do Comércio (Sesc).


Em Brasília, os voluntários, chamados de formiguinhas, se encontraram cedo e se dividiram por sete supermercados da cidade. Nas entradas, distribuíram panfletos explicativos sobre a campanha e pediam a doação de alimentos não perecíveis para instituições previamente cadastradas para receberem os mantimentos. Nas saídas dos caixas, outros grupos recolhiam as doações: achocolatados, açúcar, leite em pó, arroz, feijão, óleo, farinhas, enlatados, molho de tomate e macarrão.


As doações são acomodadas em caixas de até 20 quilos e entregues à Mesa Brasil para serem distribuídas às instituições. No fim do dia, as coordenadoras dos voluntários enviam à CDO uma planilha com os dados de todos os alimentos coletados e voluntários que trabalharam, para controle e prestação de contas.

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“Os voluntários abordam com o papelzinho e explicam que é o Dia Nacional da Coleta de Alimentos e que a pessoa pode doar qualquer desses produtos [especificados no planfleto], pode comprar aqui na loja e entregar para os voluntários”, explica a administradora de empresas Regina Tavares, que coordenou os voluntários de um dos supermercados onde a coleta era feita na capital federal.


Segundo Regina, uma das preocupações dos que fazem a abordagem é não constranger as pessoas e deixá-las livres para escolher entre fazer ou não a doação. “Se a pessoa não quer nem falar, não quer receber o papel, a gente deixa livre. Tem que ser livre, a pessoa tem que dar de coração, não pode ser constrangido a doar”, explica.


Segundo ela, porém, do mesmo modo que existem os que não querem nem ouvir os voluntários, há os que são muito generosos. “No ano passado uma senhora chegou com um carrinho cheio e nós pensamos que ela ia tirar uma sacolinha para nos entregar. Ela tirou a sacolinha e quando o voluntário foi pegar ela disse ‘não, esse é meu’, e nos entregou o carrinho inteiro de compras”, conta. Muitos pais também aproveitam a oportunidade, segundo Regina, para ensinar aos filhos sobre caridade e os levam para fazer as doações.


Para a voluntária Amária Fernandes, a oportunidade de trabalhar para ajudar as instituições de caridade traz grande satisfação. Na opinião dela, o dia é de prazer. “É notável porque quando você faz um trabalho dessa natureza, você não cansa, não se sente pesado. É um prazer a mais, algo gratificante”, diz.


Assim como os voluntários, os doadores também dizem que a oportunidade de ajudar é recompensadora. O casal Amanda Lopes e Ricardo Falcão conta que já colaboravam para uma instituição ligada ao Mesa Brasil e conhecem o trabalho realizado por eles. “Eu já ajudava uma creche que recebia doações do Mesa Brasil. Eu sei que é um trabalho sério, organizado, que pode confiar”, diz Ricardo.


Para Amanda, o que falta é a chance de conseguir fazer a doação chegar aos que precisam. “Acho que, às vezes, as pessoas querem ajudar, mas se sentem perdidas. Um pouco que cada um fizer já é muito”, diz.


Um balanço sobre os resultados da coleta será divulgado posteriormente pela CDO. No ano passado, 130 toneladas de mantimentos foram arrecadados em todo o Brasil. Os alimentos arrecadados são enviados inicialmente a um banco de alimentos e de lá são distribuídos para as instituições, conforme a necessidade de cada uma delas, para evitar duplicidade ou desperdício de alimentos. Estão entre as instituições atendidas creches, asilos, casas de acolhimento e entidades de assistência social.


 


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