As comprometedoras declarações de Sebastião Viana sobre desembargadores do Acre dadas em entrevista ao ac24horas repercutem por toda parte. Nas redes sociais, rodas políticas, nas secretarias de Estado e nos corredores do Tribunal de Justiça não se fala em outra coisa que não seja o tal aviso dado por um desembargador bêbado durante uma missa ao governador Sebastião Viana sobre a Operação G7. Sem falar ainda na outra afirmação feita pelo governador de que ele recebeu em seu gabinete um grupo de desembargadores lhe avisando sobre a Operação da Polícia Federal meses antes das prisões.
O fato é que o silêncio da Corte acreana diante de tais declarações incomoda até quem trabalha dentro do Tribubal de Justiça. Para o técnico jurídico do TJ, Isaac Ronaltti, é um “tanto esquisito” o Judiciário ficar calado diante das informações de Sebastião Viana.
“O Tribunal de Justiça ficar calado perante provocações e afirmações indecorosas do Governador do Estado do Acre é um tanto quanto esquisito. Ainda mais quando, o próprio governador – ainda me pergunto se por uma tentativa de desmoralizar o judiciário estadual, ou, falta de responsabilidade com suas declarações – simplesmente atestou por A+B que Desembargadores teriam se prestado ao papel de informá-lo quanto uma operação sigilosa da Polícia Federal em face de alguns de seus secretários e até de um sobrinho seu. É estranho! É comprometedor!”, diz ele em sua página no Facebook.
Para o servidor, o Conselho Nacional de Justiça deve apurar o caso e tomar as providências necessárias, já que coloca em xeque o Judiciário do Estado.
“O CNJ deve apurar os fatos informados nas declarações do Governador e tomar as providências legais cabíveis. Quanto ao Governador relatar o “bafo de cachaça” de um de seus informantes, acho desinteressante, e ainda mais, um tanto quanto indelicado do Governador colocar na espreita um de seus principais informantes, ainda que o mesmo estivesse balbuciando…e etilicamente motivado. O Tribunal de Justiça deve por bem se manifestar a respeito desse caso. Caso não o faça, tomem tudo por verdade!”