Serão ao menos vinte anos que o PT dominará politicamente o estado do Acre.
É muito tempo…muito tempo mesmo.
Duas décadas de uma forma de desenvolver política pela ótica cansada e repetitiva do “ser o que você não pode ver”.
Ao longo desses anos, verificamos profundas e negativas mudanças de pensamentos e de postura dessa organização partidária.
Rupturas mesmo com o que diziam os intelectuais barbados e caolhos e o que passaram a fomentar na prática os novos senhorzinhos do poder local.
Esse PT, que busca a todo custo construir um discurso de que é extensão do fenômeno político que se desenvolve alhures, tem na verdade feições próprias e particulares que se confundem com as personalidades dos seus donos. Sim, a meu sentir, aqui no Acre, o PT tem dono e CPF.
Por conta disso, foi capaz de se desvirtuar dos seus projetos, a fim de atender necessidades imediatas e mesquinhas de quem lhe alimenta a boca.
O retorno, por exemplo, da pensão a ex-governadores nada tem a ver com os preâmbulos teóricos do partido. Mas, como mão que tira a criança do berço, tiveram que aceitar para não permanecerem no choro da indiferença popular. Celebram hoje o culto a imagem.
Em meio a essa aparente harmoniosa dicotomia, assiste-se a perpetuação de uma ideia manifestamente tosca que se fundamenta em assustar o povo com os fantasmas do passado, bem como enaltecer a efetivação de práticas ordinárias da Administração Pública, como pagar em dia, além de mascarar a realidade, nos fazendo a “Suíça da ocasião”.
Respeitando a “vontade popular”, digo aos insatisfeitos, como eu, que haveremos de encontrar alternativas para esse feudo que se enclausurou na ignorância e na fábrica da miséria popular. Indignado, acredito que hoje eles têm o castelo, o gigante e os “ovos de ouro da galinha”.
Mas quem irá cortar o pé de feijão seremos nós. Não os queremos de volta.