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Oposição frustra desejo de mudança no Acre

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Qualquer um que analisar o resultado eleitoral do Acre irá perceber que a população desejava novos horizontes. Nos três pleitos majoritários, presidência, Governo e Senado, o voto dos eleitores foi em sua maioria para a oposição. Aécio Neves (PSDB) ganhou com larga vantagem de Dilma Rousseff (PT), no segundo turno do Acre. O mesmo aconteceu com o senador eleito Gladson Cameli (PP) que que teve 80 mil votos a mais que a sua adversária da FPA. Mas para o Governo as coisas foram diferentes. A sensação que ficou é que Márcio Bittar (PSDB) não passou a segurança necessária para o povo fazer a alternância de poder. Mesmo com os desgastes naturais de 16 anos de gestões da FPA, o govenador reeleito Tião Viana (PT), conseguiu com pouco mais de 1% de diferença vencer a oposição. Agora, terá mais quatro anos para completar e ampliar os projetos que iniciou em 2010.


Abraçado com a derrota
Na minha avaliação, baseada na observação dos bastidores políticos, Bittar jamais acreditou na vitória. Fez uma campanha tímida e cheia de problemas. Parecia que sempre valorizava mais o plano B no caso de derrota do que um plano A para governar. O povo não é bobo e percebeu.

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Falta de tato
Nas primeiras crise naturais de uma campanha Bittar se omitiu. No caso da “briga” da deputada federal Antônia Lúcia (PSC) com a sua esposa, Márcio Bittar, faltou um telefonema e uma boa conversa. O assunto não foi resolvido e virou manchetes negativas durante vários dias no segundo turno.


Perda de aliados
Enquanto a FPA percebeu que seria um embate difícil no segundo turno, pelo desejo de mudança e, consequentemente, do “voto contra” foi à luta de novos aliados. Por outro lado, Bittar deixou lideranças importantes soltas que se bandearam de lado. Isso tudo sem nenhum esforço para mantê-los.


Discurso velho
Em alguns momentos apresentaram de novo aquela ladainha de “saúde de primeiro mundo” e a “não geração de 40 mil empregos do PT”. Um papo desgastado e que não condiz com a realidade. É óbvio que desde 1998 foram gerados muito mais de 40 mil empregos no Acre. E a saúde pública é problema em todo o país.


Ausência notada
Se Bittar quando ganhou a eleição para deputado federal com mais de 50 mil votos tivesse “acampado” no Estado teria feito uma construção política mais palpável. Mas até mesmo seus aliados questionam o direcionamento das suas emendas parlamentares. E a sua presença não foi constante até a eleição.


Campanha manjada
Bittar trabalhou no mesmo esquema de outras campanhas da oposição. Muita reclamação de falta de recursos associada à falta de criatividade. A sua foto oficial de campanha, segurando o paletó no ombro, tipo final de expediente, já revelava como seriam as coisas.


Candidatos “desgastados”
Nem Bittar e nem Bocalom (DEM) traziam o apelo do “novo” ao eleitorado acreano. Os dois estavam marcados por uma série de derrotas em pleitos majoritários e não representavam a mudança desejada.


Foco
A FPA pode ser criticada em vários aspectos. Mas conseguiu fazer uma campanha com foco, trabalhando com a adversidade. A conquista de novas lideranças políticas no segundo turno foi fatal para a oposição que assistiu de camarote a “debandada”.


Subestimando o adversário
Tião Viana foi considerado um dos melhores senadores da história do Acre. Teve dois anos na Casa Maior da política brasileira ocupando os cargos de vice e de presidente. Achar que não saberia fazer política, mesmo num quadro adverso, era muita pretensão dos seus opositores.


Mais uma vez o Juruá
Outro ponto que é inquestionável. Novamente a vitória de Tião Viana se deu pelos votos nos municípios do Vale do Juruá. De Manoel Urbano até Marechal Thaumaturgo, passando por Cruzeiro do Sul, Tião foi o mais votado.


A hora da união
Como se diz no popular Tião Viana tem mais uma vez o queijo e a faca na mão. Se promover uma reforma na sua equipe e conseguir manter uma relação institucional diplomática com seus adversários políticos terá uma larga avenida para se eleger senador e garantir a sua sucessão em 2018. Para isso, basta descartar aquilo que não deu certo no primeiro Governo. Também acho que deveria abrir diálogo com os prefeitos de oposição e aproximá-los mais da sua gestão. Terá o apoio da presidente Dilma que passou pela eleição mais difícil da história do Brasil. A maioria dos deputados da ALEAC e da bancada de deputados federais. Só terá minoria no Senado. Mas não será difícil manter ao menos um espírito colaboracionista de pelo menos um dos senadores da oposição, Gladson Cameli. Com tudo isso Tião poderá traçar um mapa de prosperidade e governabilidade. E claro, tem que acabar a eleição e todos descerem do palanque para por mãos às obras na construção de um Acre melhor.


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