Como analista político tive a minha disposição muitos indicativos para avaliar as campanhas que se encerram neste domingo, 26. Em primeiro lugar, o Brasil provou ter concretizado a sua democracia. Nunca tinha visto uma eleição tão livre e com uma grande participação popular efetiva. Os debates puderam mostrar os candidatos à Presidência da República e ao Governo do Acre frente a frente sem nenhum tipo de subterfúgio ou de armação para beneficiar um ou outro. As pesquisas foram muito contraditórias e fizeram uma verdadeira salada de números. Mas pelas mais recentes sondagens no Brasil e no Acre e, pelo clima das ruas, a minha impressão é que será uma eleição disputada voto a voto tanto no Brasil quanto no Acre. Os eleitores já não estão tão influenciados pelos Institutos justamente pela falta de coerência entre os números e os resultados das urnas como, aliás, se viu no primeiro turno. Portanto, não vejo favoritismo para nenhum dos dois candidatos à presidência e nem para Márcio Bittar (PSDB) e Tião Viana (PT) na disputa do segundo turno no Acre. O resultado só será conhecido neste domingo, 26, à noite. Como já está muito perto de saber a vontade real dos eleitores brasileiros e acreanos não vale a pena perder mais tempo com especulações.
Voto da zona rural
Volto a insistir nesse tema. Como não existem sondagens entre os 30% de eleitores acreanos da zona rural é um mistério quais serão as suas preferências. Numa eleição polarizada quem tiver mais votos dos moradores do campo poderá ganhar o Governo do Acre.
Carreatas de Cruzeiro
As duas coligações que disputam o Governo do Acre, PT e PSDB, encerraram de maneira magistral, no sábado, 25, a campanha em Cruzeiro do Sul. Milhares de carros de um lado e outro avermelharam e azularam simultaneamente as ruas da cidade.
Queda de braço
De um lado o prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB) entrou de cabeça no segundo turno. O vice governador César Messias (PSB) também passou praticamente o segundo turno mobilizando eleitores no Juruá. Quem vai levar a melhor só as runas dirão.
Tudo junto e misturado
O interessante é que as duas carreatas em alguns trechos da cidade se misturaram. Carros com jingles do PT e do PSDB, azuis e vermelhos, deram um tom de festa à eleição de Cruzeiro do Sul. Mas que eu saiba não houve nenhuma confusão entre militantes.
Haja ouvido
Não sei se é pelo fato de Cruzeiro ser bem menor do que Rio Branco, mas a campanha na cidade me pareceu mais movimentada do que na Capital. Desde o amanhecer até o entardecer os carros de som disputaram nos últimos dias espaço nos ouvidos dos eleitores.
Mais vivo do que nunca
Apesar de estar numa situação confortável com a vaga do Senado, Gladson Cameli (PP) também teve participação ativa na campanha do Juruá. Quem conversa com Gladson percebe o seu amadurecimento político. Ele espera o resultado no Acre e no Brasil para mexer mais peças no tabuleiro para o futuro.
Agora, quem manda é o eleitor
Não vou me alongar nesta coluna. Tive a oportunidade de mostrar durante todo o período de pré-campanha e campanha os bastidores da política do Acre e, em alguns momentos, do Brasil. Considero cumprida a minha missão de informar e, sobretudo, oferecer elementos aos leitores para uma reflexão sobre o quadro sucessório que vai definir os rumos do Brasil e do Acre nos próximos quatro anos. Portanto agora a grande estrela é o eleitor que nesse domingo vai decidir o que quer. Só espero que terminada a eleição os vitoriosos possam entender que os cargos conquistados não lhes pertence. Eles serão apenas representantes da nossa população que terão que solucionar problemas sérios que enfrentamos atualmente na saúde, educação, segurança, produção e geração de emprego. Aos derrotados que façam uma oposição equilibrada e democrática. Volto daqui a pouco, na noite deste domingo para analisar quem ganhou e quem perdeu. Bom voto a todos….
