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PT e PSDB já se uniram para governar o Acre juntos

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Da redação ac24horas

Pouca gente se lembra apesar dos fatos terem acontecido há apenas 16 anos. Mas foi justamente uma aliança entre PT e PSDB, que se digladiam nesta eleição, que garantiu a primeira vitória da FPA iniciando o atual ciclo político no Acre. Em 1998, o atual senador Jorge Viana (PT), costurou uma aliança ampla para chegar ao Palácio Rio Branco. E o ponto principal da amarra foi justamente a união do PT com o PSDB. Naquela ocasião, o falecido Edson Cadaxo (PSDB), seria candidato ao Senado. Mas adoeceu e não tinha condições de encarar uma eleição majoritária, segundo o que me contou o seu filho Edilson Cadaxo. Jorge sabia que para ganhar a eleição precisaria ter alguém ao seu lado mais experiente e com credibilidade. Cadaxo estava se recuperando em Florianópolis quando Jorge ligou para Edilson e perguntou se o seu pai toparia ser seu vice. Edson Cadaxo aceitou e, apesar das rivalidades entre tucanos e petistas, a chapa saiu vitoriosa do pleito. O próprio Jorge me contou recentemente que, inclusive, foi o ex-presidente Lula (PT) que disputou a presidência e perdeu aquela eleição para Fernando Henrique Cardoso (PSDB) quem endossou no Acre a união dos opostos.


A bem da verdade
Portanto, por ironia do destino, o único Governo do Acre o qual os tucanos efetivamente participaram foi o de Jorge Viana entre 1998 e 2002. O fato também explica a proximidade que FHC sempre teve com os irmãos Vianas.


Ousadia
Jorge Viana que já tinha sido um prefeito bem avaliado de Rio Branco e derrotado uma vez ao Governo, em 1990, conseguiu o “imponderável”. Uma aliança ousada que desafiou todos as leis da política, mas que deu muito certo.


Nada a reclamar
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso esteve visitando o Acre durante esse período. Ele ajudou em muitos processos de transformação social que foram desfechados por aqui. FHC e a sua esposa Dona Ruth Cardoso, já falecida, sempre mantiveram boas relações com Jorge e Tião Viana (PT).


Coisa feia
Assisti entristecido os mais recentes debates entre Márcio Bittar (PSDB) e Tião Viana. Perderam muito tempo falando de escândalos como o G7 e a Conta Fantasma Flavio Nogueira. Deveriam ter prometido que nem um e nem outro fato ocorreriam mais no Acre. Isso sim…


Vigiar e punir
Se alguém torturou e estuprou deveria estar na cadeia. Se não está porque tem alguma coisa errada. Esse tipo de acusação não leva a nada. Só cria mais ódio e rancores desnecessários. E fortalece o adversário.


Mais diplomacia e menos briga
Até mesmo pela história política do Acre em que todo mundo já esteve aliado a atuais adversários é preciso ter calma. Não adianta tentar desqualificar adversários que já foram aliados. Melhor ficar mesmo com as propostas que podem melhorar a vida dos acreanos.


A descida do palanque
Seja Tião Viana ou Márcio Bittar a vencer a esperança é que a eleição termine de fato no domingo. Isso não tem acontecido. Parece que os políticos acreanos gostam tanto de política que a campanha continua indefinidamente.


A hora da verdade na mais disputada eleição da história do Brasil
Nunca se viu uma eleição tão disputada no país desde a sua reabertura democrática. A polarização entre PT e PSDB contaminou o processo eleitoral de praticamente todos os estados, inclusive, o Acre. Os modelos divergentes de gestões de tucanos e petistas transformou o país num grande comício que ocupou as ruas, a mídia e as redes sociais. Praticamente todos os brasileiros escolheram um lado político. Uma eleição cheia de surpresas em que a morte de um dos candidatos, Eduardo Campos (PSB), mudou completamente o quadro sucessório. Para depois tudo voltar à tendência das mais recentes disputas entre PT e PSDB. Muitos “sacolejos” aconteceram, mas tudo permaneceu absolutamente igual. Por exemplo, Marina Silva (PSB) teve um momento que parecia que poderia ganhar no primeiro turno. No final teve apenas 2 milhões de votos a mais do que em 2010. Aécio Neves (PSDB) cresceu e surpreendeu indo ao segundo turno. Na virada, apareceu em primeiro lugar nas pesquisas. Para depois Dilma Rousseff (PT) retomar a dianteira novamente. Muitas trocas de acusações e difamações infames entre os candidatos. Mostrando que a estrela maior em qualquer eleição no Brasil, infelizmente, é ainda a corrupção.  Assim essa longa e movimentada “novela eleitoral” terá o seu final, neste domingo, 26 para alívio de milhões de telespectadores já enjoados de tanta xaropada.


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