Matematicamente, nem mesmo a transferência de 100% dos votos do outro Sebastião, o Bocalom, para Marcio Bittar, seria capaz de dar uma vitória a oposição no segundo turno. Em tese, essa transferência daria uma vitória apertadíssima, por 97 votos para Viana. Os cientistas políticos falam de uma eleição com essa margem mínima de diferença entre os candidatos, a exemplo do que aconteceu em 2010, quando Sebastião Viana se elegeu com 50,51% contra 49,18% de Tião Bocalom, o que seria, mais uma vez, um teste para cardíaco.
AS DIFICULDADES TUCANAS – O caso mais emblemático que mostra o enfraquecimento da política partidária proposta por Bittar está nas seis cidades em que seu partido administra desde 2012. O que era para ser uma vitrine da gestão tucana acabou se tornando em sentimento ambivalente. Nenhum prefeito conseguiu manter o desempenho das urnas quando derrotaram candidatos petistas em Assis Brasil, Epitaciolândia, Xapuri (Alto Acre); Porto Acre e Senador Guiomard (Baixo Acre) Santa Rosa do Purus (Juruá).
Somente nesses municípios, Sebastião Viana conseguiu no primeiro turno, uma diferença de quase 10 mil votos (9.997). Para colocar em prática a anunciada ‘onda azul’ no Acre, no Segundo Turno, cada prefeito precisa ter conquistado nos últimos dias, em média, 1.666 votos.
Xapuri, cidade administrada pelo prefeito Marcinho Miranda, registrou a maior diferença entre gestores tucanos contra Marcio Bittar, um total de 3.531 votos. Na terra de Chico Mendes, nem juntando os votos de Bocalom a oposição conseguiria vencer o atual governador.
O MAPA POLÍTICO DO JURUÁ – Os ventos também não sopraram a favor na região do Juruá, onde Marcio Bittar tem a sua candidata à vice, Antônia Sales (PMDB) e apostou todas as fichas no prestígio do prefeito Vagner Sales, conhecido como “Leão do Juruá”, que no primeiro turno parece ter esturrado muito mais a favor da candidatura da filha, Jéssica Sales (PMDB) do que mesmo da candidatura majoritária. No segundo maior colégio eleitoral do Estado, a diferença a favor de Sebastião Viana ficou na casa dos 3.327 votos.
Outro fator que soma negativamente contra Bittar são os números alcançados no primeiro turno pelo atual gestor do Palácio Rio Branco nas cidades de Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Rodrigues Alves e Mâncio Lima. Quando somados com a votação de Cruzeiro do Sul, a diferença pró-Sebastião Viana aumenta para 8.813 votos.
O PMDB, aliado considerado de primeira hora por Marcio Bittar, também fracassou nas eleições em Brasileia e Mâncio Lima, a primeira cidade, 6º maior colégio eleitoral do estado com 17.131 votos. Na fronteira do Alto Acre o candidato á reeleição pelo PT teve praticamente dois votos contra um tucano, conseguiu uma diferença de 2.811 votos. Em Mâncio Lima, o resultado foi semelhante, Sebastião Viana ampliou mais 2.065 votos a sua diferença.
A virada em Cruzeiro do Sul e uma diminuição da diferença em todo o Juruá, somada a hipótese dessa união de votos de Marcio Bittar e Bocalom se repetir também em Rio Branco, aumentam e muito as chances da Aliança Por Um Acre Melhor quebrar a supremacia petista dos últimos 16 anos. A votação de Marcio e Bocalom na capital colocaria uma diferença de 4 mil votos para oposição. Os dois candidatos tiveram mais de 96 mil votos, contra 92,9 de Sebastião Viana na capital.
FATORES EXTERNOS – Além desses números, o consultor político e professor Carlos Coelho, chama atenção para outros fatores que podem beneficiar tanto Marcio Bittar como Sebastião Viana. Um deles é a abstenção. No primeiro turno 87, 7 mil eleitores deixaram de comparecer às urnas. Outros 30 mil votaram em branco ou anularam seu voto.
“A tendência é de aumentar o número de abstenção. Quem garante que esse eleitor que anulou ou votou em branco em uma situação de quatro candidatos, resolva votar em Marcio ou no Tião Viana no segundo turno?”, questiona o consultor.
Levando em consideração a fidelidade do voto para Frente Popular, segundo Coelho, esse eleitor que votou branco ou nulo, se mudar de postura – e 12% deles manifestaram essa possibilidade na última pesquisa Delta – a tendência é que esse voto seja da oposição.
“Ai a vantagem seria, em tese, de Marcio Bittar”, analisa Coelho.
Mas tudo são conjecturas. O mesmo consultor acredita em uma vantagem numérica do atual governador Sebastião Viana, que fortaleceu sua militância na reta final nos 22 municípios do estado.
“O governador tem a máquina nas mãos trabalhando por ele 24 horas e ainda a prefeitura de Rio Branco, isso é uma grande vantagem”, comentou.
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