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Mercado financeiro não quer a petista Dilma Rousseff na presidência

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As pesquisas divulgadas que colocam a candidata à presidência Dilma Rousseff (PT), a frente do seu oponente Aécio Neves (PSDB), têm provocado simultaneamente a queda da Bolsa de Valores e a subida do dólar. O fato se repetiu no dia seguinte após o DataFolha mostrar a candidata do PT pela primeira vez, no segundo turno, com mais intenções de votos. Aliás, isso é o que vem acontecendo desde o começo da campanha presidencial. Decididamente o mercado financeiro brasileiro não confia num próximo governo petista.


A preferência do mercado era por Marina Silva (PSB). Isso porque a ex-senadora acreana teria sinalizado com a “promessa” de dar independência de atuação ao Banco Central. Um modelo que existe nos Estados Unidos a locomotiva do capitalismo mundial. Mas com a derrota de Marina as preferências dos “manda chuvas” do mercado financeiro brasileiro recaíram sobre Aécio Neves.

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A “sociedade” com o Estado


Na realidade, segundo alguns jornalistas da área econômica, o principal motivo de temor do mercado financeiro é a continuidade das altas cargas de impostos às empresas no Governo do PT. A carga tributária tem sido um fator de condenação por parte do empresariado. Eles não querem mais a interferência incisiva do Estado nos negócios. Portanto, apoiam o candidato Aécio que é a favor da liberalização e das leis de mercado.


Os muitos programas sociais de distribuição de renda e de amparo às classes mais desfavorecidas são bancados exatamente pela alta arrecadação de impostos. O modelo de gestão do PT tem a questão social em primeiro plano. E quem paga a conta são exatamente aqueles que produzem. Evidentemente que o argumento do empresariado é a “libertação” dos compromissos sociais para garantir uma maior lucratividade e, segundo eles, poderem gerar mais empregos.


A rejeição do “Chavismo”


Uma outra questão que pesa no comportamento do mercado financeiro em relação a Dilma é a política econômica externa do seu governo. É público e notório que o país elegeu como “parceiros” os principais países do Terceiro Mundo que têm governos de “esquerda”. O alinhamento político e econômico com Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador, Argentina, entre outros, causam temor às elites brasileiras. A proximidade com países que pendem mais para o socialismo é visto também com maus olhos pelos operadores do mercado financeiro.


Há muito tempo que os governos do PT preferiram buscar novos horizontes para a sua expansão econômica fugindo do monopólio das parcerias com os Estados Unidos. Assim surgiu o movimento conhecido como Brics, de países em desenvolvimento. Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul formam um bloco de ajuda mútua para isolar a interferência mandataria dos norte-americanos e europeus.


Modelos divergentes


Se Aécio quer liberalizar as leis de mercado e favorecer as exportações, Dilma aponta para o fortalecimento dos programas sociais e o aquecimento da economia interna com os pequenos negócios. Isso significa que a tão almejada Reforma Tributária se distância do horizonte do mercado. Alguém terá que pagar a conta dos benefícios aos mais pobres. Portanto, esse é o embate político e econômico que causa temor aos “especuladores” da Bolsa de Valores que visam o lucro como objetivo principal das suas atividades.


A máquina eleitoral do PT


Exatamente por manter essa politica social de “ajuda” aos mais desvalidos que, mesmo com toda a corrupção apontada nos mais recentes governos, o PT continua forte na preferência popular. O DataFolha na sua pesquisa de segunda, 20, mostra as preferências dos eleitores por faixa de renda que comprova essa tese.

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Até 2 salários mínimos


Dilma 62% contra 38% de Aécio


Entre 2 e 5 salários


Aécio 52% contra 48% de Dilma


Entre 5 e 10 salários ou mais


Aécio 63% contra 37% de Dilma


Como a grande maioria do povo brasileiro ainda se situa numa faixa social dependente das benesses governamentais explica-se a dificuldade de “bater” o PT nas eleições. Aécio foi melhor nos debates e quando a onda de mudança parecia irreversível a realidade social brasileira falou mais alto e o PT volta a ser favorito na eleição mais disputada da história do Brasil.


 


 


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