Comunitários das ruas Alberto Torres e Tapajós, na Izaura Parente, em Rio Branco, dividem opinião com relação ao destino que pode ser dado a um jacaré, de aproximadamente um metro que vive em um lago formado por um antigo igarapé na região. O visitante indesejável para dona Antonieta se tornou em um animal de estimação para a família de dona Lucilene.
O crocodilo vive em um lago que divide os quintais entre as Ruas Alberto Torres e Tapajós. Durante o dia, é amado pelos moradores da casa de dona Lucilene que até o batizaram como ‘Nini’.
“Ele pega sol aqui no meu quintal, brinca com o cachorro e não faz ataca ninguém”, disse Lucilene.
Opinião contrária tem dona Antonieta Sabino da Silva, moradora da Rua Alberto Torres. Ela conta que o animal acabou com sua criação de galinhas e pintos e que no período da noite, o réptil tentou atacar o neto da vizinha.
“Não consigo dormir com o barulho do cachorro que passa a noite acuando esse jacaré. Ele já comeu minhas galinhas, tive que fazer uma cerca para ele não entrar na minha casa”, desabafou.
Na Amazônia não é estranho encontrar ‘visitantes indesejados’ nessa época do ano, já que a água em alguns lugares invade as palafitas, típica moradia da beira do rio. Mas além do destino que será dado ao jacaré, os moradores cobram do prefeito Marcus Viana, a obra de drenagem prometido pelo prefeito.
“Ele veio aqui, depois mandou um engenheiro, um topógrafo. Depois disseram que a obra tinha sido autorizada e até hoje não fizeram nada”, acrescentou dona Lucilene.
Os moradores querem que o município coloque bueiros para evitar alagamentos nos quintais com a chegada do inverno. Com relação ao jacaré, a maioria prefere que o hospede continue livre nas correntezas do lago que despeja no Igarapé Fundo.
Enquanto nem a obra e nem a decisão com relação ao crocodilo saem, dona Antonieta disse que vai continuar contando com a sorte. “Peça ao pessoal do Corpo de Bombeiros para capturarem esse animal daqui pelo amor de Deus”, implorou a senhora.
