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Cimi denúncia omissão e pede intervenção internacional para conter ataques a sede no Acre

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Em uma carta aberta endereçada ao governo Alemão, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) denuncia a omissão por parte do Governo do Acre diante dos frequentes ataques a sede da instituição em Rio Branco.


Em menos de mês a Cimi-Rio Branco foi alvo de duas ações de furto e vandalismo. O primeiro realizado no dia 22 de setembro se deu com arrombamento de grades de ferro e retirada dos forros do teto. Na ação, os vândalos cortaram os cabos de todos os computares e levaram um HD externo que continha o backup de toda a contabilidade da instituição. Na época, a perícia não pode identificar os autores do ataque, pois os invasores usavam luvas.

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Vinte dias depois, novamente a sede foi invadida na madrugada dessa segunda-feira (13). Segundo informações do Cimi, um computador central foi levado e alguns equipamentos destruídos. A ação crimonosa não ficou só nisso, vários arquivos da biblioteca e da sala da secretaria foram queimados. Na imagem, é possível avaliar o vandalismo praticado por desconhecidos.


Em solidariedade ao Cimi, 53 organizações oriundas de 19 países assinam uma carta aberta dirigida aos ministros alemães Gerd Müller, da Economia Cooperação e Desenvolvimento, e Barbara Hendricks, do Ministério Federal do Meio Ambiente, Conservação da Natureza, Construção e Segurança Nuclear.


Na carta, os organismo pedem que as autoridades internacionais cobrem Governo do Acre ações imediatas em relação às invasões da sede do Cimi e uma investigação quanto as constantes ameaças praticadas contra membros da entidade e povos indígenas no estado.


O Conselho Indigenista destaca a volumosa ajuda do governo alemão, no valor de 15 milhões de Euros, por meio do Programa REDD Early Movers e ressalta a insegurança dos povos indígenas no combate ao desmatamento. Leia os principais trechos da carta:


“Estamos fazendo este apelo em especial ao governo Alemão porque através do programa ´REDD Early Movers´, administrado pelo Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW), ele está ajudando o estado do Acre com mais de EUR 15 milhões, com financiamento adicional do ministério de cooperação econômico, BMZ, também ao estado do Acre. O financiamento do ´REDD Early Movers´ para 2014 tem o objetivo de apoiar programas em beneficio de povos indígenas em particular. Nós perguntamos: Como povos indígenas que dependem das florestas para realizar seu modo de vida podem se sentir seguros em realizar ações para combater o desmatamento e destruição de seus territórios quando eles e sua principal organização de apoio estão enfrentando estas ameaças e violência praticadas contra eles?


Pior ainda quando esta violência ocorre e aqueles afetados não podem confiar em que as autoridades estatais entrem em ação para prevenir mais violência contra aqueles que buscam parar o desmatamento e/ou demandar que os direitos dos povos indígenas sejam respeitados e suas terras demarcadas. Num contexto como este, o REDD e o programa do governo alemão – REDD Early Movers -, se transforma numa farsa. Nós fazemos este apelo para que os senhores se juntem a nós e solicitem ação imediata por parte do governo do Acre, que deveria publicamente denunciar a violência contra os defensores das florestas do Acre. As autoridades competentes deveriam imediatamente iniciar uma investigação profunda sobre as invasões e ameaças contra os membros do CIMI-AO. Ao mesmo tempo, pedimos que os senhores cobrem da Ministra Ideli Salvatti, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, medidas urgentes do Programa Nacional de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos no sentido de garantir segurança ao CIMI e sua equipe no Acre, sem descuidar da investigação dos atentados noticiados nesta carta”, relata trecho da carta aberta.


Por fim, a entidade pede que ‘o governo alemão solicite ação imediata por parte do governo do Acre, que deveria publicamente denunciar a violência contra os defensores das florestas do Acre. As autoridades competentes deveriam imediatamente iniciar uma investigação profunda sobre as invasões e ameaças contra os membros do Cimi-AO. Ao mesmo tempo, pedimos que os senhores cobrem da Ministra Ideli Salvatti, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, medidas urgentes do Programa Nacional de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos no sentido de garantir segurança ao Cimi e sua equipe no Acre, sem descuidar da investigação dos atentados noticiados na carta’.


A integra da carta pode ser acessada no endereço eletrônico: http://cimi.org.br/pub/AC/cartadirecionadaaosministrosalemaesreferenteaosataquesnasededocimi.pdf


 


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