MS vai atuar na Fronteira do Acre para evitar entrada do Ebola

O Secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, concedeu entrevista na manhã desta sexta-feira, 10, a reportagem do ac24horas para esclarecer a sociedade quanto as medidas emergências para conter a possível entrada de imigrantes senegaleses, que segundo ele, já estão sendo colocadas em práticas desde o primeiro registro de um único caso confirmado no Senegal.

Mourão explica que desde a vinda da equipe de profissionais do Ministério da Saúde, ocorrida recentemente, algumas medidas emergências já foram colocadas em pratica, inclusive um treinamento para lidar com riscos –simulado – foi realizado com profissionais do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) com objetivo de orientar quanto aos procedimentos e cuidados dos profissionais da saúde diante da possibilidade em lidar com pacientes sob suspeita de contaminação pelo Ebola.

“Acredito que devido a realização desse simulado acabou  gerado especulações e medo entre os profissionais da saúde quanto a um perigo eminente de contagio de servidores com imigrantes Senegaleses. A preocupação é normal, mas vale destacar que os servidores do Huerb não atendem a esses imigrantes, quem tem contato físico direto com eles é a minha equipe e a da Secretario de Desenvolvimento Social. Somos nós que estamos nessa linha de frente e estamos, sim, muito preocupados”, destacou.

Para dar segurança à população acreana, Nilson Mourão afirma que está sendo aguardado o envio de uma equipe especializada do Ministério da Saúde que irá atuar de forma permanente na fronteira, especificamente na cidade de Assis Brasil, onde se dá o primeiro ingresso de imigrantes senegaleses no Acre.

“Estamos muito preocupados, a secretária de Direitos Humanos e o Governo do Estado já enviou ofício pedindo providências e estamos aguardando o posicionamento do Ministério da Saúde. Nossa maior reivindicação é que seja enviada para Acre uma equipe do Ministério da Saúde para atuar permanentemente no controle e fiscalização. Os senegaleses podem estar na linha risco porque foi constatado no Senegal um único caso de um africano que não era do Senegal infectado pelo vírus”, explica.

Questionado quanto à demora por parte do Ministério da Saúde no envio da equipe, o secretario afirma que eles (Ministério da Saúde) entendem que devem ser cumpridas algumas etapas em conjunto com a Secretaria Estadual de Saúde do Acre, como por exemplo, a realização de simulado com servidores da saúde e o monitoramento e controle da entrada de senegaleses e outros imigrantes no Acre.

Mourão ressalta ainda que o Ministério da Saúde considera quase zero a entrada do vírus Ebola pela Acre, embora disse desconhecer os critérios da avaliação. Ele destacou ainda que os haitianos, que ingressam diariamente pela fronteira, não oferecem qualquer risco de contagio pelo Ebola, mas informa que existem entre 50 a 60 senegaleses no abrigo de Rio Branco.