É fato que a relação de parentesco não desqualifica ou qualifica ninguém para concorrer a algum cargo eleitoral. Porém o problema ocorre quando o candidato é lançado para manter forças políticas ou feudos eleitorais no poder.
Um levantamento destinado à definição de prognóstico para a futura composição do Congresso, o chamado Diap, identificou 98 candidatos à Câmara dos Deputados que tem relação de parentesco de primeiro grau com políticos tradicionais ou influentes nos estados.
Do Acre, a única citada pelo site é a esposa do senador Sérgio Petecão, Marfisa Galvão (PSD-AC), que disputa uma vaga na Câmara dos Deputados e é tida como uma forte concorrente ao cargo.
Também são citados: Arthur Bisneto (PSDB-AM), filho do ex-senador e atual prefeito de Manaus, Arthur Virgílio; Mário Negromonte Jr (PP-BA), filho do ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte; Pedro Cunha Lima (PSDB-PB), filho do senador Cássio Cunha Lima; e Walter Alves (PMDB-RN), filho do senador licenciado e atual ministro da Previdência, Garibaldi Alves.
Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul existem muitos exemplos ilustrativos dessa prática, como segue: Daniel Vilela (PMDB-GO), filho do ex-governador e ex-senador Maguito Vilela; Joaquim Roriz Neto (PMN-DF), filho da deputada federal Jaqueline Roriz e neto do ex-governador Joaquim Roriz; Newton Cardoso Jr, filho do deputado federal Newton Cardoso; Clarissa Garotinho (PR-RJ), filha do deputado federal Garotinho; Marco Antônio Cabral (PMDB-RJ), filho do ex-governador Sérgio Cabral; Bruno Covas (PSDB-SP), filho do ex-governador Mário Covas; Luis Antônio Covatti (PP-RS), filho do deputado federal Vilson Covatti; e Pizzolatti Neto (PP-SC), filho do deputado federal João Pizzolatti.