Policiais civis prenderam no Jordão – 344 km da capital Rio Branco -, em cumprimento a um mandado judicial, o gerente da Seaprof no município, Manoel Rodrigues de Farias Neto, primo do prefeito da cidade, Elson Farias (PC do B), denunciado por usar a estrutura da Secretaria de Estado de Produção Familiar para aplicar um golpe criminoso nos produtores rurais do município.
Segundo o que apurou a reportagem de ac24horas, Manoel Neto recebia mensalmente na sede da Seaprof, no Jordão, o pagamento em espécie de parcelas dos financiamentos feitos pelos agricultores junto ao Basa por meio do Pronaf, mas não repassava os valores ao Banco.
O golpe vinha sendo praticado há meses e era tão bem arquitetado que Manoel dava até recibo do pagamento com a marca da Seaprof aos produtores. Através do golpe, ele teria desviado cerca de R$ 60 mil de 32 produtores rurais.
O caso veio à tona depois que os produtores começaram a receber cobranças do Banco da Amazônia sobre o pagamento.
Depois de denunciado pelas vítimas e saber que estava sendo investigado pela polícia, Manoel ainda teria tentado suborná-los.
Ele foi preso na terça-feira passada pela manhã, em sua residência, no município do Jordão, e confessou o crime. Curiosamente na hora da prisão foram apreendidos na residência do acusado, vários macacos-prego. Ele também deve responder por crime ambiental.
Manoel foi encaminhado à delegacia e depois ao presidio estadual de Tarauacá.
Na manhã desta sexta-feira, procurado pela reportagem de ac24horas, o governo do Estado do Acre se pronunciou sobre o caso através da Chefe da Casa Civil, Marcia Regina, que informou que o servidor foi imediatamente exonerado do cargo após comprovado o crime de corrupção.
“O governo do Estado não tolera corrupção. Toda e qualquer denúncia nesse sentido o governador manda que se faça uma investigação rigorosa, sempre determinando punição caso seja comprovado a autoria. Neste caso, o próprio governador determinou expressamente a realização de uma investigação rápida e de isenção. Após comprovação dos fatos, o servidor já foi preso e exonerado do cargo que ocupava”, disse.
O secretário de Polícia Civil, Emilson Farias, disse por meio da Assessoria de Imprensa do Estado que “a Polícia Civil tem desempenhado com afinco sua missão constitucional. O Estado não tolerará a ação criminosa de pessoas, especialmente que agente público, venha agir com interesses escusos, para cometer crimes contra as pessoas ou instituições e contra a administração pública. Qualquer ato nesse sentido terá a devida apuração e responsabilização dos criminosos”
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